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Mindfulness em escolas: meditação conquista instituições brasileiras

Mindfulness em escolas: meditação conquista instituições brasileiras
Da redação
23/09/19

Você sabia que a prática de mindfulness me escolas pode trazer inúmeros benefícios para o desenvolvimento de crianças e adolescentes?

Experiências e estudos científicos demonstram que práticas de meditação e atenção plena podem levar a um aprimoramento do equilíbrio subjetivo. Além disso, que tais práticas podem ampliar o foco decisório, diminuir o estresse e melhorar os níveis de atenção. 

Com a popularização destes conhecimentos, aos poucos, as técnicas vão adentrando diversos setores da sociedade, entre eles os ambientes de ensino. Conheça, portanto, o projeto mindfulness em escolas brasileiras. Acompanhe.

Mindfulness em escolas brasileiras

O simpósio "Experiências de implementação de mindfulness em escolas brasileiras” aconteceu no dia 25 de junho de 2015 e teve como objetivo principal apresentar algumas das iniciativas que já são realizadas pelo país. 

A conferência integrou o II Encontro Internacional sobre Mindfulness e III Encontro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde. O evento foi promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Programa Mente Viva

“As crianças vivem o aqui agora de uma forma muito mais intensa do que nós. Porém, em algum momento, isso se perde, se transforma. Isso acontece porque o desenvolvimento faz com que incorporemos estratégias cognitivas mais avançadas. Assim, vamos perdendo essas características tão presentes na infância. Implementar a meditação mindfulness em escolas é uma tentativa de preservar essa qualidade”, conta a psicóloga Lucianne Valdivia, coordenadora do programa Mente Viva. 

benefícios do mindfulness em escolas

O projeto tem como meta principal promover um convívio mais humanizado e afetivo nas diferentes relações sociais através da prática de mindfulness em escolas. São mais de 254 escolas associadas em diversos estados do Brasil e em outros países, como Espanha e Portugal. Dessa forma, o programa possui mais de 40 mil crianças, adolescentes e professores que participam dos programas de meditação. Desse universo, cerca de 12 mil meditam diariamente. 

A metodologia utilizada é inspirada na meditação transcendental, na qual cada criança se concentra na respiração. Além disso, elas utilizam as seguintes frases como “mantra”: eu estou em paz; minha família e meus amigos estão em paz; minha escola está em paz; meu bairro está em paz, e minha cidade está em paz.

Programa Viver Melhor na Escola

“Eu sei que aqui vocês aprendem português, ciências, matemática e isso é ótimo. Mas me digam uma coisa: quem é que os ensina a se sentir bem?”. É assim que o psiquiatra gaúcho José Ovídio Waldemar iniciou suas primeiras conversas com alunos de escolas públicas, inspirado pelo seu contato com a organização internacional Zen Peacemakers. 

Ele é um dos criadores do Programa “Viver Melhor na Escola”, que busca levar a educação social e emocional para as crianças através da meditação mindfulness em escolas. O projeto é realizado por profissionais de saúde e educação que trabalham em conjunto com nove escolas do centro de Porto Alegre.

Embora a meditação mindfulness seja o carro-chefe do programa, outros métodos como jogos colaborativos e exercícios atencionais também são utilizados com o intuito de promover o autoconhecimento, autoregulação, a consciência social, a responsabilidade e outros valores ligados à cultura de paz. 

“Em termos gerais nós sabemos que o sucesso na vida está mais diretamente relacionado à inteligência emocional do que ao currículo acadêmico, isso está bem descrito na literatura”, justifica.

Programa MindEduca

Outro programa que tem como objetivo principal garantir o bem-estar físico e psicológico das crianças através da meditação mindfulness em escolas é o projeto  MindEduca, apresentado pela psicóloga e pesquisadora Regina Migliori. 

Trata-se de um programa que traz valores semelhantes e visa implantar o processo de desenvolvimento da inteligência ética a partir das práticas contemplativas e da abordagem neurocientífica, adequadas a diferentes faixas etárias. 

O Programa MindEduca é aplicado atualmente em diversas organizações e instituições de ensino espalhadas pelo país. Inclusive, o grande destaque do projeto é a parceria firmada com a Secretaria de Educação do Espírito Santo, nas escolas estaduais.

“A escola pode e deve se tornar um polo radiador de transformação, e é essa a nossa aspiração. A de conseguir conscientizar as pessoas sobre as suas potencialidades e a capacidade de repetir, influenciar e transformar as experiências do mundo interno e do mundo externo”, afirma Migliori.

Mindfulness em escolas: caminho para o sucesso?

Waldemar lembrou da discussão existente nos EUA apelidada como “McMindfulness”, uma referência a uma suposta tentativa de tornar a prática de atenção plena em uma representação completa do método, o que é questionado por muitos especialistas.

“Estão treinando os soldados nos EUA que vão combater no Oriente Médio para não ter estresse pós-traumático, por exemplo. Mas as origens do mindfulness remetem à filosofia budista e a todas as religiões humanistas, que dizem que não podemos alcançar o bem estar individual sem que haja um bem estar da família, da comunidade, da sociedade. 

Dessa forma, se tratamos isso como uma técnica para uma pessoa ter sucesso, isso é sim uma distorção das origens do mindfulness, que tem a ver com trazer o bem estar para todos, inclusive para mim”, afirmou o psiquiatra.

Os palestrantes foram questionados sobre a linguagem utilizada entre os professores e alunos no projeto de mindfulness em escolas. Isso porque existe uma aura negativa sob o termo “meditação” pela sua ligação com as tradições contemplativas do oriente. 

Regina Migliori falou sobre a necessidade de não omitir a palavra nas atividades aplicadas nas escolas. “Faz parte do aprendizado ir fundo nessa esfera de preconceito, compreendê-la e dissolvê-la, e não disfarçá-la”, alerta.

Segundo ela, a desvinculação da meditação como uma prática religiosa não significa ignorar as suas origens. Se não existissem os cérebros dos meditantes, não existiriam as pesquisas neurocientíficas que a gente tem hoje. “Não se trata de desvincular, e sim reintegrar, num patamar adequado ao nosso posicionamento de século 21”, afirma.

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