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Cabelos

O que é

Composição do cabelo: a estrutura principal do fio é formada por 45,2% de carbono, 27,9% de oxigênio, 6,6% de hidrogênio, 15,1% de nitrogênio — que juntos formam os aminoácidos responsáveis pela produção da queratina — e 5,2% de enxofre. Porém, existem mais elementos na fibra capilar. Além desses elementos, os cabelos também têm outros traços que podem diferir dependendo do local de moradia e dos costumes alimentares de cada pessoa. Essas substâncias formam uma estrutura única nos fios, o que torna muito difícil a probabilidade de que uma pessoa tenha pelo menos nove elementos iguais à outra, como se fosse um DNA.
Quantidade de cabelo: a quantidade de fios na cabeça depende da idade. Entre 20 e 30 anos um humano apresenta em média 615 fios por centímetro quadrado, algo em torno de 150 mil fios. Entre os 30 e 50, esse número cai para 485 e vai diminuindo com o tempo. Uma pessoa de 80 anos com saúde, e sem apresentar calvície, tem 435 raízes por centímetro quadrado.
Estrutura do cabelo:
– couro cabeludo: é a pele que reveste o crânio e que suporta os cabelos;
– folículo piloso: é a parte invisível do cabelo, escondida no couro cabeludo a 4 mm, trata-se de uma espécie de saco, também chamado de folículo pilossebáceo, que contém o bulbo piloso e o cabelo propriamente dito. Um bebê quando nasce têm de 100 mil a 150 mil folículos no couro cabeludo, cada um produz um fio. Eles não desaparecem com a idade, apenas deixam de produzir cabelos;
– bulbo piloso: ou raiz do cabelo, está contido no folículo piloso, sob o couro cabeludo, situado precisamente na extremidade baixa do folículo piloso. É onde o cabelo é produzido. Cresce na raiz cerca de 1 cm por mês.
– fio de cabelo:
1) cutícula: é a camada protetora externa que recobre o córtex de cada fio de cabelo e é responsável por seu brilho e textura. Composta de 6 a 8 camadas de células planas sobrepostas, coberta por uma camada invisível de lipídios resistente à água, que age como um condicionador natural e que dá aos fios uma textura sedosa e macia ao toque.
2) Córtex: é responsável por quase todas as propriedades que definem e fazem único cada cabelo humano, como a forma, a cor, a resistência, a elasticidade e a quantidade natural de umidade dos fios. Ele é mais resistente que o aço, e pode se alongar até 30% sem grandes danos significativos. Entretanto, assim como a cutícula, necessita de cuidados e sofre pelos mesmas causas já mencionadas, como químicos, excesso de calor e fricção. Como esta camada do fio é mais interna, seus danos são piores quando ocorrem, geralmente rompendo a capacidade do córtex de manter a umidade (hidratação) dos fios e deixando o cabelo ressecado e frágil.
3) Medula: a última parte da estrutura do cabelo, seu núcleo central chamado medula, não tem uma função específica no cuidado dos fios e se encontra em geral apenas nos cabelos brancos.
A cor do cabelo: é definida pela quantidade de melanina, o mesmo pigmento que dá cor à nossa pele. Ela é produzida no interior do folículo de cabelo e se distribui ao longo do fio, nem sempre uniformemente, causando as “mechas naturais”.
Existem dois subtipos distintos de melanina que se combinam em diferentes proporções, o que explica o porquê de tantas variedades de cor.
O primeiro subtipo é a eumelanina, responsável pelos pigmentos pretos e castanhos escuros. O segundo é a feomelanina, que forma quase exclusivamente o cabelo ruivo. A mescla dos dois tipos e a menor quantidade causa os cabelos castanhos claros, loiros e intermediários.
Os fios brancos: a genética desempenha o papel mais importante na definição do tempo inicial e quantidade dos fios de cabelo brancos. Com o passar do tempo, as células que produzem o pigmento de melanina diminuem sua atividade, produzindo cada vez menos quantidade; e se extingue a renovação de células pigmentadoras. Aos 50 anos, uma média de 50% das pessoas possui 50% do cabelo branco.
É importante mencionar que a falta de cor do cabelo não é um sinônimo de danos, os fios também vão perdendo seu diâmetro por outras alterações celulares com a idade, o que os deixa mais finos e frágeis.
Tipos de cabelo:
Liso;
Levemente ondulado;
Mais ondulado;
Levemente encaracolado;
Encaracolado;
Afro.
Apesar de serem compostos pelos mesmos componentes, os vários tipos diferentes de cabelo – fino, ondulado, médio, grosso, cacheado – dependem de três fatores para compor essas diferenças: as propriedades da superfície, o grau de curvatura do fio e o diâmetro da fibra capilar.
1) Superfície: depende basicamente de ser um cabelo virgem ou quimicamente alterado, danificando a camada de queratina. Quando tingido, alisado por progressiva, queratina ou relaxamento, ou cacheado por permanente, seu escudo hidratante natural, composto por uma pequena camada de ácidos graxos protetores, também conhecida como camada F, se elimina, o que afeta a estrutura celular do cabelo.
A camada F age como um impermeabilizante para o fio capilar, o que explica, por exemplo, o porquê dos cabelos tingidos ou quimicamente tratados absorverem água como uma esponja. Quando úmido, o cabelo tingido pode aumentar seu peso em até 200%, enquanto um cabelo virgem aumenta no máximo entre 12 e 18%. Essa camada também é responsável por manter a cutícula suave e leve, o que permite ao cabelo refletir luz e brilho. Por retirá-la, os tratamentos químicos geralmente fazem que, com o passar do tempo, o cabelo fique com uma aparência opaca e apagada não houver cuidados os necessários;
2) Curvatura: a curvatura do cabelo é o termo técnico utilizado para se referir ao grau de cacho de uma fibra capilar. À medida que o grau de cacheado aumenta outras propriedades da fibra, como o diâmetro, passam a ser menos decisivas para o visual final que o cabelo vai ter e como ele vai se comportar com o clima e a rotina.
Cada fibra capilar cacheada tem um padrão de crescimento natural único e pode retorcer-se e girar em múltiplas direções. O cacheado pode variar de cachos bem definidos naturalmente e outros em que a fibra tem um padrão próprio e diferente de cacho, deixando um visual mais “bagunçado”;
3) Diâmetro: para que um fio ou fibra capilar seja considerado grosso ou fino, se mede seu diâmetro, independentemente da quantidade de fios que a pessoa tenha. O diâmetro do cabelo humano varia entre 15 micrones (muito fino) a 170 micrones (extremadamente grosso), tendo o diâmetro da raiz no couro cabeludo entre 60 e 110 micrones, cujo impacto é significativo na maneira de pentear e caimento.

Origem do nome

Do latim clássico capillus: cabelo, cabeleira, fio de barba, pelo dos animais, cabeleira das plantas e das árvores.

Histórico

Pré-história: Achados arqueológicos de pentes e navalhas indicam a existência do cuidado do homem das cavernas com relação aos cabelos.

Antigo Egito: há cerca de cinco mil anos, o cuidado dos cabelos já era extremamente importante. No Antigo Egito, cuidar dos cabelos fazia parte do ritual de higiene e estética da época, a religião exigia a boa aparência — era necessário estar preparado caso surgisse a hora de se “apresentar ao outro mundo”.

Era frequente o uso de perucas fixadas ao couro cabeludo com uma mistura de cera de abelhas e resina. Os grandes faraós tinham cabeleireiros habilidosos. Era comum utilizarem cones de gordura na cabeça para proteger os cabelos dos efeitos sol e exalar perfume à medida que derretiam. Tal prática era tida como um ato social: os escravos colocavam os cones nas cabeças dos convidados.

Em vários papiros foram encontradas fórmulas para cuidados capilares (Ebers, 432-476), neles havia receitas para tratar a queda capilar, tônicos e fórmulas para provocar a calvície — utilizada para trazer desgraça aos inimigos.

Os cabelos brancos eram tratados com unguentos à base de óleo e extratos vegetais, aplicados quentes sobre a cabeça. Outra técnica egípcia era o tingimento capilar, como pode ser visto em algumas múmias de cabelos avermelhados, provavelmente tingidos com hena.

A caspa era tratada com uma mistura de cevada e gordura de boi (Ebers, 712) e muitas vezes raspava-se a cabeça para evitar piolhos.

Grécia Antiga: foram os gregos que criaram os primeiros salões de cabeleireiro (koureia) nas praças públicas de Atenas — as imagens utópicas das divindades mitológicas inspiravam a perfeição corporal e tal preocupação levou à necessidade de criar um espaço apropriado para o tratamento de beleza. Lá os kosmetes ou “embelezadores de cabelos”, escravos especiais, cuidavam dos homens e as escravas, das mulheres. Eram perfumados com óleos, tingidos em tons tintos ou descoloridos com flores amarelas, já que o bonito era ter cabelos loiros. Usavam-se laços e faixas para compor os penteados femininos e também pentes de bronzes ou marfim.

Os penteados eram requintados, com caracóis, frisos e franjas em espiral e já nessa época os calvos usavam cabelos artificiais e perucas.

Europa, séculos 16 e 17: a moda nessa época era usar perucas. Começou com Luís XIV (1638 – 1715), rei da França, que adotou o acessório para esconder a calvície. O resto da nobreza acabou o imitando e a peruca passou então a ser sinônimo de nobreza, status e prestígio.

Era comum também passar talco ou farinha de trigo sobre os fios falsos para imitar o cabelo branco dos idosos. Contudo, não prezavam pela higiene e proliferavam diversos tipos de bichos nesses cabelos artificiais.

Com a Revolução Francesa, em 1789, a maioria das cabeças com perucas foram degoladas e logo caiu em desuso o velho símbolo de distinção. Europa, século 18: nesta época os penteados estavam em sintonia com o estilo “Rococó”, estilo mais importante até o final do século. Nele predominavam as curvas, a assimetria, o dinamismo e a opulência, indo ao encontro das ideias iluministas e representando o momento de riqueza econômica.

As pessoas acreditavam viver na melhor época da história. No fim do século, os estilos cultural e artístico mudaram, apareceu o estilo neoclássico, muito mais sóbrio e conservador, com o resgate da estética greco-romana.

Europa, século 19: o cabelo era visto como uma expressão do pensamento. Na primeira metade do século, o Romantismo influenciou os penteados: cabelos naturais, revoltos, simbolizando uma natureza irracional, seus conflitos externos e internos, e também como forma de eliminar as distinções sociais.

Europa, século 20: de 1901 a 2000, as transformações de costumes foram tantas que é possível encontrar estilos dos mais variados: de cortes clássicos até punks, grunges, rastafáris. Contudo, uma decisiva foi que a nobreza deixou de ser referência com o advento do cinema.

O fenômeno começou com o cinema mudo e desde então dita as tendências de estilo, moda e comportamento.

Cabelo como símbolo de força, poder e sensualidade: Os egípcios consideravam o cabelo da deusa Ísis como tendo o poder de proteger e devolver a vida. Foi aos suspender seu cabelo sobre Osíris que o fez ressuscitar.

Muitos deuses da Antiguidade o mantinham longo, a força e a virilidade eram diretamente proporcionais à extensão de seu cabelo, como o de Shiva e o de Sansão, que ficou indefeso após a traição de Dalila.

Tanto no Oriente quanto no Ocidente, o cabelo comprido nos homens era sinal de virilidade e poder, indicativo de nobreza e realeza. Na Idade Média, os cabelos longos eram um acessório obrigatório para as mulheres e tinham grande poder erótico. Por isso, tinham de estar cobertos e apenas as prostitutas saíam às ruas com os cabelos soltos.

Cabelos e religião: algumas religiões têm seus preceitos para os cabelos – femininos, em sua maioria. A religião evangélica preza pelos cabelos compridos com base no texto de Paulo, em Coríntios, 11:15, que diz: “mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”.

Já as muçulmanas têm de usar o hijab (véu islâmico) para proteger a modéstia e a honra. Diz o Alcorão na 33ª Surata, Al-Ahzab, versículo 59: “Ó, profeta, dizei a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que quando saírem que se cubram com suas mantas; isso é mais conveniente para que se distingam das demais e não sejam molestadas”.

No judaísmo, as ortodoxas casadas também têm o costume de esconder os cabelos, mas em vez de véu, usa uma peruca. Acredita-se que ao cobrir os cabelos naturais, a esposa traz sucesso e bênçãos para ela mesma, marido, filhos e netos. Se não o fizer, atrairá o oposto à família.

Já os judeus ortodoxos deixam crescer cachos de cabelos e barba simbolizando conhecimento e maturidade.

Os rastafáris evitam cortar ou pentear os cabelos, o deixam crescer como a natureza determina. Na Igreja Católica, os padres raspam a cabeça para mostrar a posição hierárquica que ocupam. Outras religiões prezam pela raspagem dos cabelos como forma de devoção.

Moicanos: surgiu com os mohawks, no século 17, etnia indígena da América do Norte. Os guerreiros raspavam todo o cabelo com exceção de uma faixa no meio da cabeça — que ia da testa à nuca — que simbolizava a bravura na luta contra os brancos.

O estilo foi resgatado na década de 1970 e 1980 pelo movimento punk e era tido como símbolo de liberdade contra a opressão do sistema.

Atualidade

Embora no Ocidente prevaleça o culto aos cabelos longos, lisos e claros, os cabelos naturais ganham cada vez mais espaço. Com o advento de modernas técnicas, é possível obter o aspecto que desejar — inclusive aqueles que já perderam os cabelos podem recuperá-los com implantes.

Megahair: procedimento em que o cabelo é alongado mediante a colocação de mechas naturais ou artificiais, que podem ser coladas ou trançadas aos fios da cabeça. Dura em média três meses e requer cuidados especiais de manutenção e hidratação;

Alisamento: o queridinho de muitas mulheres é um dos recursos mais utilizados. Pode ser obtido por meio de produtos químicos ou utilizando secadores e pranchas quentes, e o efeito é de liso “chapado”;

Relaxamento: é um dos tratamentos que menos agride os cabelos. Como a maioria dos tratamentos, usa amônia, porém com pouca concentração e tempo de fixação. Não alisa totalmente os fios, mas dá maior maleabilidade, controlando o volume. Mantém as ondas e cachos dos cabelos e só sai quando a parte modificada for cortada;

Permanente: ao contrário do alisamento e do relaxamento, esta é uma técnica utilizada para dar volume e ondas aos cabelos escorridos;

Tintura: Pode ser empregada para cobrir os cabelos brancos ou para dar efeitos estéticos variados. Dentre as muitas técnicas encontram-se a descoloração, os reflexos, as luzes, as luzes invertidas, as mechas californianas;

Implante: também conhecido como transplante capilar, é uma técnica que implanta cabelos do próprio paciente, fio por fio, nos folículos (local onde nasce o cabelo) da área calva. Mesmo após a cirurgia deve ser feito tratamento para evitar a queda dos fios na parte saudável.

Os melhores candidatos ao implante são aqueles que possuem fios grossos e fortes nas laterais e na parte anterior da cabeça. Os resultados começam a aparecer em seis meses.

Cada sessão implanta até 5 mil unidades foliculares – um folículo reúne de um a quatro fios – e deve ser respeitado um intervalo de um ano e meio entre as sessões. A chance de os fios crescerem na área transplantada e a aparência ficar natural é de 95%.

O procedimento é realizado por um dermatologista ou por cirurgião plástico especializado, emprega uma equipe médica de 5 a 12 profissionais, e dura entre 5 a 10 horas.

Fontes de pesquisa

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http://aulete.uol.com.br/cabelo

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http://thehistoryofthehairsworld.com/

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