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Detox

Dieta detox: mitos e verdades

Pesquisas internacionais alertam sobre riscos e benefícios que essa alimentação produz no metabolismo
Da redação
27/09/19

As dietas desintoxicantes, conhecidas popularmente como “detox”, popularizaram-se com a promessa de aumentar a vitalidade, a imunidade, melhorar a digestão e até o estado de espírito. Esses planos alimentares baseiam-se na exclusão de alimentos processados e álcool e na baixa ingestão de calorias, por meio de pequenas quantidades de frutas, legumes, água e de suplementos que aceleram a eliminação de substâncias pelo corpo.

Não é fórmula mágica

Alguns nutricionistas ainda recomendam ervas e pílulas para estimular o funcionamento do intestino. Nosso corpo, no entanto, possui a habilidade de eliminar naturalmente substâncias prejudiciais e manter-se equilibrado. Seria mesmo necessário seguir uma dieta para desintoxicá-lo?

Celebrizada por artistas de Hollywood, a dieta ficou famosa em todo o mundo. A perda de peso rápida proporcionada pela dieta detox vem do baixo consumo de calorias por dia – não se trata de nenhuma fórmula mágica. Ao reduzir radicalmente a ingestão de calorias, você perde peso, no entanto, podem ocorrer problemas como a desaceleração do metabolismo, afirmam estudos da Universidade de Harvard. Veja aqui e aqui.

Evidências

Não há provas no âmbito científico de que a dieta traga benefícios além de uma perda de peso rápida e temporária. Diante de tantos questionamentos, a emissora BBC decidiu averiguar a real validade do plano detox e convidou um grupo de mulheres para participar de uma pesquisa.

A emissora as dividiu em duas turmas: a primeira metade seguiu uma dieta detox e a outra seguiu um plano de alimentação considerado normal pelos pesquisadores, que incluía carne vermelha, café, massas, chocolate e bebidas alcoólicas. Ao final do estudo, foram testadas as funções renal e hepática e foi medido o nível de antioxidantes das participantes. Nenhuma diferença foi notada entre os grupos, reiterando os dados científicos.

Perda de peso temporária

Quando seguimos uma dieta que recomenda uma taxa diária muito baixa de calorias, nosso corpo entra em um estado de “conservação”. Nesse estado, a queima de calorias ocorre de forma mais lenta e isso pode facilitar o ganho de peso quando retornamos ao plano de alimentação usual, explica um artigo publicado pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. Segundo o Serviço Nacional de Saúde britânico, banir certos grupos de comidas pode restringir a absorção de importantes vitaminas e nutrientes que o corpo precisa para funcionar adequadamente.

Os riscos da dieta detox são os mesmos relacionados a qualquer dieta radical que se baseie em um consumo muito baixo de calorias e nutrientes. Falta de proteína, ácidos graxos e outros nutrientes são consequências das restrições impostas, sendo os carboidratos a principal fonte de calorias do plano nutricional, que gira em torno do consumo de 600 calorias por dia. Menos disposição, baixa taxa de açúcar no sangue, perda de músculos, redução da imunidade, tontura e cansaço são alguns efeitos colaterais que essas dietas podem trazer.

Riscos

Os riscos podem ser maiores ou menores dependendo do tempo da dieta. Um ou dois dias seguindo uma dieta, mesmo que radical, pode não ser prejudicial para a maioria dos adultos. Além disso, o estímulo à ingestão de alimentos altamente laxativos pode levar a desidratação e destruir os microrganismos que desempenham funções digestivas. Caso o tempo da dieta seja muito longo, problemas maiores podem vir junto com a perda de peso, como o desenvolvimento de acidose metabólica.

A acidose metabólica é um desequilíbrio entre os elementos básicos e ácidos do organismo, o que pode resultar a acidificação do sangue, levando a um estado de coma ou até a morte. Outra doença séria que pode ser causada por uma restrição alimentar severa é a amenorreia. Ela é a suspensão ou a ausência de menstruação em mulheres em período fértil ou adolescentes na puberdade.

Contraindicações

Mulheres grávidas ou na menopausa, crianças, adolescentes na fase da puberdade, diabéticos, pessoas que possuem propensão a hemorragias, sofrem com anemia e doenças crônicas, entre outros devem evitar dietas radicais. Antes de seguir um novo plano alimentar é recomendado consultar um nutricionista e adequar a nova dieta às necessidades de seu metabolismo.

Se o que você procura em uma dieta desintoxicante é afastar-se de comidas industrializadas, uma boa alternativa seria a escolha de produtos orgânicos e maior ingestão de frutas, vegetais, fibras e grãos no dia a dia. Alimentos como limão, brócolis e folhas verdes podem ajudar no funcionamento do intestino. Se a intenção é perder peso, é recomendado seguir uma dieta que permita o consumo de, no mínimo, 1.500 calorias por dia, prevendo uma perda de peso mais lenta. Paralelamente à dieta, fazer exercícios físicos pode acelerar o emagrecimento.

Foto: Thinkstockphotos


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