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Flores comestíveis: dente-de-leão

Na salada essa planta é excelente para diminuir os desconfortos gástricos comuns em épocas festivas
Da redação
27/09/19

O dente-de-leão é uma das plantas mais conhecidas no mundo. Seu famoso formato de “pompom” atrai a atenção de crianças e adultos, que se divertem ao soprar seus pequenos frutos ao vento. Contudo, poucas pessoas conhecem realmente suas qualidades e usos seculares na alimentação, na medicina e até mesmo na confeitaria.

Nativo da Europa, logo se espalhou pela Ásia e em seguida para as Américas, possivelmente misturado na terra com plantas trazidas nos navios ou com sementes presas ao feno que enchia colchões e travesseiros da tripulação. Acredita-se ainda que tenha sido trazido voluntariamente por aqueles que apostavam em sua utilidade.

Dente-de-leão

Seu nome, bastante peculiar, deve-se ao formato das folhas, que possuem um serrilhado semelhante ao das presas afiadas do felino. Seu nome científico, Taraxacum officinale, em latim, indica que é uma planta útil mantida como parte da farmácia viva e da culinária.

Suas flores douradas, que atraem insetos polinizadores como abelhas e borboletas, podem ser usadas como enfeite. Embora durem pouco, são comestíveis e empregadas até mesmo em decorações de bolos e confeitos.

O dente-de-leão também é utilizado na fitoterapia para tratar problemas do sistema digestório.

 

Por possui poderosa ação digestiva, é útil em situações de sobrecarga no fígado. Tem função diurética (ajuda na eliminação da urina), aperiente (abre o apetite) e antidispéptica (facilita a digestão). Seu elevado teor de zinco protege as células hepáticas, enquanto o de potássio elimina toxinas e previne a retenção de líquidos.

Seus princípios ativos, como o taraxasterol, taraxacosídeo e taraxicina, são empregados no tratamento de cálculos renais, hepatite e até em casos leves de cirrose. Está listado na Farmacopeia Brasileira de Fitoterápicos e na Farmacopeia norte-americana desde 1831. Como toda medicação, ele tem contraindicações. Deve ser evitado por pessoas com problemas na vesícula, cálculos biliares e pressão baixa.

Dente-de-leão

Para consumo em forma de chá, a Farmacopeia Brasileira recomenda de 3 a 4 g da planta inteira desidratada em 150 ml de água fervente três vezes ao dia. O dente-de-leão em forma de salada é excelente para diminuir os desconfortos gástricos comuns em épocas festivas, como Carnaval ou final de ano. Para o preparo, basta um molho com azeite, limão, sal, alguma fruta doce para equilibrar o leve sabor amargo ou alho crocante.

Além dos benefícios medicinais, o dente-de-leão possui importantes valores nutricionais. É rico em vitamina A, vitamina D, vitamina C, ferro e vitaminas do complexo B. Suas folhas são ricas em fibras e ajudam quem tem intestino preso. É comum o uso das raízes para elaborar um chá terapêutico ligeiramente amargo. No Reino Unido, elas são levemente tostadas para dar cor e equilibrar o paladar da mistura do chá comum. Tostada e moída, torna-se uma bebida semelhante ao café, mas sem a cafeína.

As folhas oferecem diversas opções de uso. Por ser parente da escarola, do almeirão e da chicória, possui leve sabor amargo. Pode entrar como recheio de tortas, pizzas, molho de macarrão ou substituir a escarola. As folhas secas podem compor a mistura do chá, mas isso não é indicado em razão da perda algumas vitaminas no processo de cocção. É muito comum na Europa a utilização das flores para a fabricação de um vinho, feito com mel, limão, açúcar. Elas também são empregadas para dar cor, sabor e equilibrar o paladar de cervejas especiais.

A coleta do dente-de-leão deve ser feita com cuidado. Fique atento para não obter a planta de lugares poluídos, especialmente de vias públicas, onde é comum a contaminação com bactérias e materiais particulados. Antes de usá-lo, lave bem e deixe de molho em água com algumas gotas de cloro para eliminar os micro-organismos nocivos.

Por ser uma planta de crescimento rápido, é muito fácil tê-la em casa. Para isso, é necessário um local com bastante sol e terra bem fértil. Para plantá-lo, basta apenas coletar as sementes que se dispersam pelo vento, enterrar em uma cova profunda e esperar a germinação.

Flickr: Rex Shots / Wikimedia Commons / CC BY 2.0


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