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Mochilão na Europa a retiro espiritual: conheça a história do restaurante Goa

A partir de seguidas experiências de autoconhecimento, há 12 anos, o chef Augusto Pinto abria um negócio com responsabilidade ambiental e social
Da redação
27/09/19

A família do chef Augusto Pinto sempre esteve ligada à gastronomia. Seu pai foi gerente de uma churrascaria paulistana durante 24 anos e sua mãe, uma cozinheira de mão cheia. Desde pequeno, sua educação foi clara em relação à alimentação: provar de tudo antes de dizer se não gosta.

Mesmo com toda essa influência, a vida de Augusto como chef começou somente nos anos 80, durante uma temporada pela Europa, quando ele teve contato com diferentes culturas e culinárias. “Morei em Londres, Lisboa, Amsterdam, Tenerife. Viajei por várias cidades e passeei por diferentes países do velho continente, sempre com pouco dinheiro e muita curiosidade. Nessa época, conheci a gastronomia além de Minas-São Paulo, me apaixonei pela culinária oriental e, principalmente por razões de economia, resolvi que para me manter saudável tinha que cozinhar para mim mesmo. Foi então que eu comecei a preparar meus primeiros pratos”, relata o cozinheiro


Sanduiche orgânico de shitake, espinafre e tomate ao molho especial do chef no pão ciabatta

Augusto voltou para o Brasil, trabalhou como produtor cultural e, em 2002, decidiu abrir junto a dois sócios o Eugênia Restaurante & Music Bar, um lugar que unia música e gastronomia internacional, mas que fechou suas portas dois anos mais tarde. Augusto, que estava com 41 anos, precisava se redescobrir. Foi aí que decidiu ir para o Viver de Luz, um retiro isolado de 21 dias, onde a alimentação baseava-se em líquidos-  nos primeiros sete dias o jejum era total, nem água era permitida, nos 14 dias restantes, Augusto bebia apenas chás e sucos com, no máximo, 10% de concentração de frutas.

“Foi uma experiência muito forte para os meus padrões onívoros. Lá, eu conheci um novo olhar sobre o mundo e decidi que não queria mais trabalhar para a indústria de bebidas, de alimentos e nem para qualquer tipo de atividade que causasse dano ou dor a outros seres. Queria trabalhar em um negócio que causasse o menor impacto ambiental possível e que atraísse para perto de mim pessoas com os mesmos interesses e valores”. Foi nesse cenário que Augusto decidiu voltar para a cozinha e abrir um restaurante vegetariano chamado Gaia. Após dois anos, o nome mudou e assim nasceu o Goa Gourmet Vegetariano.


Berinjela à parmegiana ao molho de tomate e manjericão. Acompanha ensopado de grão de bico e cevadinha com agrião, cebola roxa e uva passa

Este mês, o Goa completa 12 anos e para comemorar está com novidades em seu horário de funcionamento e cardápio. Os pratos criados pelo chef Augusto Pinto e sua equipe agora são também servidos no formato de cardápio do dia, e não apenas a la carte, como era antes. Diariamente, há duas opções de entradas (salada ou caldo), três opções de pratos principais e duas de sobremesa, além de três opções de sucos naturais.  

“Sempre um prato do nosso cardápio será diário e se repetirá semanalmente. Já as outras duas opções continuarão sendo definidas diariamente. Apesar de se repetir, não podemos afirmar que sejam pratos totalmente fixos. Trabalhamos com produtos sazonais e eventualmente ocorrem substituições de verduras ou acompanhamentos, mas isso não muda a essência do prato, é claro”, esclarece Augusto.


Fachada do restaurante

O Goa Gourmet Vegetariano fica em São Paulo (SP), no bairro de Pinheiros. Está aberto para almoço todos os dias a partir das 12h e tem opções de R$18,00 a R$44,90.

Fotos: Divulgação Goa


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