Bolhas nos pés, cansaço físico e noites maldormidas são algumas dificuldades enfrentadas por quem procura autoconhecimento e reflexão no Caminho de Santiago de Compostela. O trajeto de peregrinação liga pontos da Europa até a cidade de Santiago de Compostela, na Espanha, e é considerado Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Para incentivar a realização do caminho, a Federação Europeia dos Caminhos de Santiago planeja uma peregrinação por etapas de 31 de maio a 8 de junho. Saindo de diferentes cidades dos países que são parceiros da federação – Espanha, França, Bélgica, Portugal e Itália –, o objetivo do projeto é atrair turistas e divulgar os caminhos jacobinos, percorridos desde o século 9. Além de promover as trilhas, a iniciativa pretende impulsionar a economia da região, uma vez que o trajeto funciona também como fonte de capital para as cidades que perpassa.
A rota mais tradicional, entre as muitas que levam até o destino final, é o Caminho do Francês, também conhecido como rota das estrelas. Ele começa em Saint-Jean-Pied-de-Port, pequena cidade medieval situada na divisa entre França e Espanha. Se o viajante optar por iniciar sua jornada aqui, ele terá quase 800 km. Cada etapa do caminho é calculada para ser percorrida em um dia e possui em média 20 quilômetros.