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Gerais

Ser voluntário beneficia corpo e mente

Pesquisas mostram que atividades voluntárias podem trazer autoconfiança e também mudanças físicas
Bruno Torres
03/05/15
“Ser solidário e ajudar os outros” é a resposta mais comum entre os brasileiros que fazem trabalhos voluntários quando questionados sobre o porquê de dedicarem seu tempo a esse tipo de atividade. Um quarto dos brasileiros faz ou já fez voluntariado ao longo da vida, segundo o Ibope (1). Dentro desse grupo, 87% sentem-se totalmente satisfeitos com o tipo de trabalho que faz para ajudar os outros. Como o prazer em ajudar está relacionado a benefícios para a mente e o corpo de quem é voluntário?

Benefícios psicológicos A satisfação pessoal e a integração com outras pessoas através do trabalho voluntário estão conectadas, afirma o site HelpGuide, parceiro da Harvard Medical School (2). O sentimento de pertencer a um grupo e de exercer uma função na comunidade pode ser proporcionado por atividades voluntárias. A não obrigatoriedade desse tipo de trabalho, o fato de ser uma escolha pessoal e colocar em prática conhecimentos e habilidades em prol de outros fazem com que a pessoa sinta que tem um papel, uma função. A relação entre a sensação boa de pertencer a um grupo social e a atividade exercida pelo indivíduo é estudada por diversas escolas do pensamento e da psicologia, como o funcionalismo e o psicodrama.

O trabalho voluntário pode ajudar no combate à depressão, por exemplo, uma vez que o envolvimento com outras pessoas elimina um dos fatores de riscos principais do quadro depressivo: o isolamento social (2). A atividade voluntária em grupo também pode ser uma válvula de escape para o estresse, proporcionando a sensação prazerosa no encontro do outro.

Idade A sensação de ter um propósito e exercer uma função em comunidade é apontada por alguns estudos como benéfica principalmente para os idosos, pois o trabalho voluntário de diversas naturezas conferem aos mais velhos uma responsabilidade e papéis muitas vezes deixados para trás quando param de trabalhar. Estar em atividade pode ser positivo para essas pessoas, dizem os especialistas.

No Brasil, 12% das pessoas que fazem trabalho voluntário já passaram dos 60 anos e, segundo o Ibope, é entre as mulheres mais velhas que está o maior índice de satisfação com o trabalho. O sentimento de confiança em si mesmo e de dever cumprido também é estimulado pelo voluntariado.

Impacto no corpo Os ganhos psicológicos de praticar uma atividade voluntária podem ter efeitos também no corpo. A diminuição do estresse decorrente de um trabalho prazeroso como o voluntariado tende a prevenir, por exemplo, problemas do coração e derrames, consequentes do aumento da pressão arterial. O aumento da atividade física proporcionada por algumas formas de trabalho voluntário também estaria relacionado com melhoras no aspecto físico, principalmente em idosos.

Apesar de serem alvos de alguns estudos (3), Stephanie Watson, diretora executiva da Harvard Women's Health Watch, diz no site da Escola de Medicina de Harvard que ainda são necessárias mais pesquisas para afirmar a relação entre o trabalho voluntário e a prevenção de problemas físicos (4). Há dificuldade, por exemplo, em responder quanto tempo de voluntariado é necessário para que se verifiquem benefícios físicos. Um estudo da universidade de Carnegie Mellon (5) indica que 200 horas por ano de atividade voluntária seriam suficientes. O brasileiro pratica, em média, mais do que o dobro do tempo indicado na pesquisa: 430 horas anuais de trabalho voluntário, segundo o Ibope. Seriam os ganhos físicos o motivo da satisfação dos brasileiros voluntários?


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