A germinação é um processo no qual as sementes desenvolvem o embrião, ou seja, saem do seu estado de “repouso” para o brotamento da planta. Mas você sabia que a alimentação viva e os alimentos germinados oferecem benefícios ao nosso organismo? Então confira o artigo preparamos especialmente para a sua saúde!
Pesquisadores acreditam que os chineses, três séculos antes de Cristo, já consumiam os brotos. Mas não só eles. Os essênios, um povo que seguia uma vertente do judaísmo e viveu entre 150 a. c. a 70 d. c., também eram favoráveis a alimentação viva e ingeriam alimentos germinados. Inclusive, eles tinham uma alimentação considerada saudável.
O famoso pão essênio, feito com os grãos e hoje muito apreciado pelos crudívoros fazia parte do cardápio desse grupo. E diferente dos pães encontrados em padarias e supermercados, o essênio não é assado. Ele é preparado apenas com elementos essenciais como a água e o sol. Ponto para a alimentação viva!
Podemos dividir as sementes em três categorias:
Entre as oleaginosas podemos destacar os grãos de amêndoas, girassol, nozes e linhaça. Nas proteicas, entram soja, lentilhas, ervilhas e feijão. Já entre as amiláceas encontram-se trigo, aveia e quinoa.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, a germinação das sementes aumenta as atividades enzimáticas, as quais auxiliam na maior captação de nutrientes para o corpo e atuam como facilitadoras da digestão dos alimentos.
Isso acontece porque a digestão do ser humano é química, pois utiliza dessas substâncias para concluir o processo. Além disso, ela também é mecânica, uma vez que precisa da deglutição e mastigação. Porém, nenhum dos dois procedimentos é possível sem as enzimas.
Isso porque os nutrientes ingeridos pela alimentação são transformados em pequenas moléculas, que são absorvidas e levadas para a corrente sanguínea. E é exatamente durante esse período que as enzimas são liberadas para auxiliar no processamento.
“Grãos e leguminosas não foram feitas para o consumo de seres humanos, mas sim de pássaros e animais, já que eles conseguem germinar esses alimentos no papo. Isso significa que para consumi-los e obtermos deles seus benefícios, também precisamos germiná-los”, declara o chef de alimentação viva, Eduardo Corassa.
Ainda segundo Eduardo, “ao germinar grãos e leguminosas, melhoramos seu perfil nutricional e sua digestibilidade. Além disso, também diminuímos sua toxicidade, advinda de inibidores enzimáticos e antinutrientes. No caso das sementes, por exemplo, elas podem ser consumidas cruas e frescas. Assim, germiná-las é uma forma de torná-las mais nutritivas”, conclui.
Por causa da quantidade expressiva de fibras encontradas nos alimentos germinados, a ingestão regular das sementes contribui para a regulação do intestino. Isso significa a redução de problemas como a constipação intestinal, por exemplo.
A ação antioxidante dos alimentos germinados presentes na alimentação viva também é outro ponto a favor. Isso porque combate a ação dos radicais livres, responsáveis por doenças degenerativas e envelhecimento precoce das células.
“Uma alimentação sem a formação dos PRMS (Produtos da Reação de Maillard, as toxinas formadas pelo cozimento), sem a perda de nutrientes e com as proporções de macro e micronutrientes adequadas, fornecem benefícios a todas as células, tecidos, órgãos e sistemas do organismo”, reforça Corassa.
“Além disso, os alimentos germinados também contribuem para a regulação do metabolismo e do sistema endócrino. Inclusive, fornecem até mesmo benefícios hematológicos e imunológicos. Ou seja, o consumo regular dos germinados faz você envelhecer mais lentamente, não adoecer, ser mais inteligente e mais forte. Ainda, contribui para você se recuperar mais rapidamente”, reforça Corassa.
Outro grande benefício obtido pelo consumo de germinados é o fortalecimento de ossos e músculos. E isso se dá graças aos minerais cálcio e ferro, encontrados nesses alimentos. Enquanto o primeiro fortalece os ossos e previne doenças como osteoporose e hipertensão arterial, o segundo combate a anemia, a fadiga, e até mesmo a queda dos cabelos.
A adoção da alimentação viva e da ingestão regular dos alimentos germinados também contribui para o bom funcionamento do sistema nervoso, regulando, inclusive, o sono e o humor. E isso tudo graças às vitaminas do complexo B encontradas nesses alimentos, que também favorecem o aumento da concentração e da disposição física.
Adeptos da alimentação viva utilizam com frequência os germinados em sua culinária. Porém, assim como a alimentação crua, eles devem ser inseridos em cardápios convencionais.
Confira a seguir, então, como consumir os alimentos germinados para aproveitar ao máximo todos os benefícios que eles têm a oferecer à saúde:
Além disso, a capacidade de aumentar a produção de serotonina faz do leite de germinados um aliado para o bem-estar. E todos podem ser usados para o preparo, como arroz, amêndoas e castanhas, por exemplo. E embora a durabilidade seja menor, por não conter conservantes, o leite de vegetais tem mais benefícios do que qualquer outro.
Além das opções apresentadas acima, cabe ainda mencionar que os alimentos germinados podem, ainda, ser usados no dia a dia em saladas e sucos.
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