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Atala e Adrià ensinam a comer bem

Do mato para a mesa: chefs falam da importância de conhecer os alimentos que consumimos no nosso dia a dia
Da redação
21/06/15

No ano Internacional do Produtor Familiar, a Semana Mesa SP – principal evento de gastronomia da América Latina – colocou em debate as grandes e pequenas produções alimentícias que abastecem desde a mesa cotidiana do brasileiro até as bancadas dos mais renomados chefs da cozinha mundial.

Realizado entre os dias 3 e 5 de novembro no Senac Santo Amaro em São Paulo, o Mesa trouxe para o centro da discussão gastronômica a importância do processo produtivo. Quando os maiores chefs de gastronomia da atualidade se encontram para debater essa questão, sob o olhar da sustentabilidade, é sinal de que uma profunda transformação se anuncia nesse setor.

A mesa brasileira

Atala foi anfitrião do grupo do G11, que reuniu no local os principais chefs da gastronomia internacional. O caminho em busca da sustentabilidade entre cozinheiros e produtores foi destacado pelos representantes dos diversos países.

A cozinha brasileira será grande no dia em que ela não for do chef, mas sim do povo. O ingrediente brasileiro precisa disso e isso vai melhorar as pessoas, a economia, a cultura e espero que, por consequência, o meio ambiente”, diz Alex Atala, dos restaurantes Dom e Dalva e Dito.  

Prato de diversidade

"Na indústria da alimentação há coisas boas e más. Sem essa indústria, o mundo é inviável, mas temos de pedir pelo máximo de qualidade", aponta Adriá. O chef que hoje comanda a Fundação El Bulli coloca em cada um a responsabilidade pela comida que se consome. "Uma cozinha saudável não pode ser confundida com uma boa cozinha. Nem tudo o que gostamos é saudável. E é isso que muita gente que não entente. O mais saudável é a variedade, comer um pouco de tudo, o que também não é sinônimo de altos custos", completa. 

Alex Atala também pontua como fundamental a presença da diversidade no prato de comida. "Alimentação saudável é alimentação diversa, ou seja, comer um pouquinho de tudo. Sabendo que se trata de uma ação para se fazer pensando no meio ambiente", diz o chef brasileiro. 

Mudar e reaprender 

"Eu sonho com o dia em que as pessoas entendam que além de sustentabilidade existe uma coisa que se chama interdependência. Essa relação do homem com o ambiente e consequentemente com a comida, não é sustentavel, é de interdependência", ressalta Atala. 

A busca pelo resgate das tradições dos povos originários, o contato com a natureza e o conhecimento dos meios de produção de cada alimento foram apontados pelo chef como as ferramentas principais para fortalecer a relação entre homem e meio ambiente. 

A alimentação da humanidade se modifica de acordo com o contexto histórico que vivemos. Hoje, o cenário é alarmante. O uso de fertilizantes químicos, os alimentos transgênicos e o grande consumo de industrializados colocam os pensadores e criadores das cozinhas internacionais a refletir. Movidos por esse cenário assutador eles querem agora modificar o que é levado à mesa.

 

 


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