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Coma sua felicidade

A alimentação pode ser um instrumento de alegria para o corpo, para a alma e para o espírito
Da redação
23/01/19

Quando uma pessoa está de mau humor, irritadiça, diz-se que ela está “enfezada”. Esta expressão tem origem no mau funcionamento intestinal que, se permanecer por um longo período, é capaz de provocar alterações hormonais e instabilidades no humor.

Para a medicina tradicional chinesa (MTC), os alimentos têm propriedades capazes de alterar e modular os estados de humor. A alimentação é tida como um instrumento de alegria para o corpo, para a alma e para o espírito.

Amargo alegre

A alegria de tomar um café, bebida amarga, é explicada pelos chineses pelo fato de este sabor fortalecer o coração e o intestino delgado. A serotonina, conhecida como neurotransmissor da felicidade é responsável por acelerar os batimentos cardíacos, melhorar a qualidade do sono e até diminuir o apetite é produzida em sua maior parte no intestino.

Uma salada de chicória com almeirão, uma lasanha de berinjela e o chocolate amargo como sobremesa compõem uma refeição com potencial para promover estes benefícios.

Doce relaxamento

É comum que o corpo, quando sobrecarregado, “peça” o sabor doce para recompor suas energias físicas e mentais. Alimentos dessa natureza têm a função de aquecer, tonificar e relaxar o corpo. Segundo a tradição chinesa, alimentos adocicados podem dissolver tensões internas físicas e psíquicas (frustrações e desgostos) e equilibrar o eixo central do organismo.

Para isso, é importante que o doce seja nutritivo, feito a partir de frutas (manga, banana, tâmara), mel e até mesmo o chocolate, em pequena quantidade. O doce, por proporcionar energia ao organismo, quando consumido em excesso, pode induzi-lo a estocar esta energia sob a forma de gordura e promover o aumento de peso.

Picante contra a tristeza

A tristeza, os suspiros e o “aperto no peito”, na visão chinesa, afetam o pulmão e intestino grosso. Estes órgãos ficam fragilizados com esta emoção e uma queda na imunidade do organismo pode ocorrer.

Para aumentar a imunidade e não deixar este estado de espírito dominar, a tradição chinesa recomenda a ingestão de alimentos picantes, que abrem os poros, expulsam o suor e colocam para fora o que está incomodando lá dentro.

Alho, gengibre, mostarda e rúcula são alimentos que podem colaborar para o sorriso no rosto. Em um estado brasileiro onde a pimenta é um elemento cultural, essa característica ecoa na letra de “Chame Gente”, música de Moraes Moreira: “Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia”.

Azedo cura “azedo”

O princípio de Hahnemann (Christian Friedrich Samuel Hahnemann), precursor da homeopatia, que diz “semelhante cura semelhante”, também pode ser aplicado no caso em que o indivíduo está irritado. Diz-se que quando a pessoa está com o fígado sobrecarregado, fica “azeda”. A ingestão de alimentos com este sabor, segundo a MTC, relaxa o fígado e reduz a irritabilidade.

Este sabor tem função adstringente, refresca o organismo, diminui a transpiração excessiva e tem o potencial para acalmar a mente excitada. Sucos cítricos como de laranja, limão, kiwi, abacaxi e tangerina, além de serem boas opções para dias quentes, também são boas opções para “refrescar” o humor.

Sal e coragem

Algas, peixes marinhos e molho de soja ou shoyo têm em comum o sabor salgado que, de acordo com a tradição chinesa, fortalece a energia dos rins e está associado ao elemento água.

É comum crianças que fazem xixi na cama apresentarem um desequilíbrio neste elemento. Este episódio pode causar constrangimento para os pequenos e também alterações no humor. Para reverter o quadro, é importante fortalecer este elemento através da alimentação e procurar estimular a coragem na criança.

Cores no prato

Para a medicina tradicional chinesa, além do equilíbrio entre os sabores, também é importante que haja harmonia entre as cores e diversidade nos tipos de alimentos (folhas, talo, raízes, sementes e frutos). Assim, um prato nutritivo é aquele em que há uma combinação de cores, sabores e tipo de alimentos, evitando abusos ou exclusões.

Oriente e ocidente

A pesquisadora Madel Luz descreveu a MTC como uma “racionalidade médica vitalista”, uma vez que é baseada nos princípios dos elementos da natureza e da energia vital. A medicina ocidental é um saber descrito como biomédico, baseado na morfologia dos sistemas orgânicos.

Embora distintos, estes saberes são capazes de dialogar, uma vez que a medicina ocidental também reconhece o fato de que os alimentos são capazes de alterar estados de humor por interferirem nas modulações de hormônios e dos neurotransmissores.


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