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Comida de rua vegana e sustentável

Cozinhas sobre rodas superam modismo, sofisticam cardápios e passam a defender estilo de vida mais consciente
Da redação
27/09/19

Comida de rua não é só cachorro-quente, pastel e churrasquinho. Cada vez mais comum nas ruas do Brasil e do mundo, os food trucks são verdadeiras cozinhas sobre rodas. Oferecem diversas opções de pratos a preços acessíveis. Seus cardápios vão da culinária japonesa à mexicana. Servem desde saborosas coxinhas veganas até o delicioso faláfel.

Essa febre surgiu há alguns anos durante a crise econômica que afetou os Estados Unidos em 2008. Nesse momento, muitos restaurantes fecharam suas portas. Sem muitas opções, a solução para sobreviver foi eliminar custos com aluguel e manutenção de um imóvel tradicional para apostar nas comidas de rua.

Esse também foi o caminho escolhido por Juliano Teixeira de Souza que, após se tornar vegetariano em 2007, resolveu compartilhar seus dotes culinários com o público. Em parceria com suas irmãs, Daniele e Elisangela Souza, surgiu, no interior de São Paulo, o DNA Vegan, o primeiro food truck sustentável de comida vegana do Brasil. “O projeto nasceu em 2011, quando o Juliano teve a ideia de criar o trailer e no mesmo ano deixou a empresa onde trabalhava como analista de segurança em redes para se torna chef de cozinha”, conta Daniele.

Comida saudável e sustentável

“Nosso trabalho tem como prioridade o respeito entre todos os seres do planeta sem comprometer o futuro das próximas gerações”, explica Juliano, que com a ajuda de alguns amigos, projetou e construiu o trailer.

O DNA Vegan é um food truck com baixa pegada ecológica. O veículo foi projetado para funcionar com energia solar e biodiesel. Além disso, os legumes e verduras utilizados no preparo dos alimentos são orgânicos e todas as embalagens descartadas são encaminhadas para a reciclagem. O cardápio do trailer apresenta hambúrgueres, salgados de massa integral e diversos outros itens veganos. “Mas a celebridade do trailer é a coxinha de jaca verde”, diz Daniele.

Dna Vegan
Daniele e Juliano em seu trailer DNA Vegan

Rica em fibras e grande fonte de energia, a coxinha surpreende a todos pelo seu sabor. Até quem não é adepto ao vegetarianismo se apaixona pela iguaria. A fruta que é tradicionalmente usada na culinária asiática tem a textura muito parecida com a da carne de frango da coxinha tradicional. Isso ajuda conquistar inclusive os paladares mais resistentes.

“Sustentabilidade é você optar por um estilo de vida com escolhas de consumo e um olhar amplo e cuidadoso para o planeta. A alimentação saudável oferece opções mais conscientes que, não necessariamente, tem a visão sobre os impactos que tais escolhas causam ao planeta”, explica a nutricionista e chef Daniela Lisboa.

Segundo ela, para se alimentar de maneira saudável e sustentável não basta apenas optar por uma dieta leve e natural. É preciso recuperar o poder de escolha de consumo e se informar o máximo possível. “Você já parou para pensar que consumir hortifrútis fora de época e região pode não ser uma prática sustentável, já que o desgaste no solo e o uso de venenos são maiores? Que jogar fora talos, cascas e ramos desses alimentos também é contribuir para o desperdício?”, afirma Lisboa.

Vida mais equilibrada

Fornecer um estilo de vida com equilíbrio e consciência de vida é a proposta da equipe do Kombi Cura, coletivo que, além semear a alimentação vegana, promove a cultura da economia solidária e da humanização das relações. “Optamos por um food truck porque ele nos dá a possibilidade de estar sempre em movimento, em contato com outras pessoas”, explica Rafael Figueiredo, que ao lado dos amigos Sandro Lobo, Marcelo Araújo e Bárbara Leoa iniciou o projeto.

Equipe Kombi Cura
Marcelo Araújo, Barbara Leoa, Sandro Lobo e Rafael Figueiredo formam a equipe do Kombi Cura

O grupo viaja pelas regiões Norte e Nordeste do Brasil promovendo oficinas de yoga, arte, introdução à alimentação vegana, entre outras atividades. O objetivo é conscientizar e semear ideias relacionadas a um estilo de vida baseado na cultura de paz. “Como ainda não podemos mudar todo o mundo, mudamos a nós mesmos e vivemos nosso sonho, na nossa amada Kombi Cura”, diz Figueiredo.

Kombi Cura
A Kombi foi grafitada pelo artista baiano Eder Muniz

Receita de coxinha de jaca verde

Massa
4 dentes de alho picados
2 xícaras (chá) de água
1 colher (chá) de sal
1/2 colher (chá) de açafrão
1/2 xícara (chá) de óleo
3 xícaras (chá) de farinha de trigo

Recheio
2 dentes de alho picados
1/2 cebola picada
1 tomate em pedaços
Sal, curry e pimenta do reino a gosto
1 e 1/2 xícaras de jaca verde cozida e desfiada
1/3 xícara de cheiro verde picado
10 azeitonas verdes picadas

Montagem
Água e farinha de rosca para empanar
Óleo para fritar

Preparo
Pré-preparo da jaca para o recheio
Colha a jaca ainda verde, mais ou menos do tamanho de um chuchu. Cozinhe a jaca com casca, picada em pedaços grandes, até que ela fique macia. Depois de cozida, retire a casca da jaca e desfie. Caso tenha dificuldades em desfiar, utilize um ralador no ralo grosso.
Massa
Coloque uma panela em fogo baixo, aqueça um pouco do óleo e refogue o alho até dourar. Acrescente água, sal, açafrão, o restante do óleo e a farinha. Mexa rapidamente até que a massa desgrude da panela. Retire do fogo e deixe esfriar.
Recheio
Coloque uma panela em fogo baixo e refogue o alho e a cebola. Adicione tomate, sal, curry e pimenta do reino. Acrescente a jaca e o cheiro verde. Mexa e corrija o tempero, se necessário. Aumente o fogo mexendo constantemente para não grudar, até que o recheio fique seco.
Montagem
Quando a massa estiver fria, pegue uma porção e modele uma bola. Com o auxílio do polegar faça um buraco no meio dessa bola e aumente gradualmente o buraco, pressionando com o dedo em todas as direções. Faça isso até que a base afine. Coloque o recheio nesse buraco. Puxe a massa para cima com a mão cobrindo o recheio e formando um biquinho. Depois de fechadas, mergulhe cada coxinha em um recipiente com água e, em seguida, em outro com farinha de rosca. Frite em óleo quente e escorra em papel-toalha. Sirva em seguida.

Fotos: Divulgação


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