Não existe milagre para emagrecer. Para perder peso é preciso mudar atitudes, afirma a médica especialista em nutrologia Paula Cabral no livro Quem disse que comer engorda?. Para ela, não é necessário mudar os alimentos que você consome, mas sim a maneira de comer. Quer saber como perder aqueles quilinhos indesejáveis de forma natural? Então confira o artigo a seguir!
Segundo a nutricionista Paula Cabral, um dos primeiros passos é deixar de inventar justificativas para não mudar a dieta. Afinal, “ansiedade, gravidez e casamento não possuem calorias, e você tem livre arbítrio para comer ou não”.
Abrir mão de certos prazeres, como a cervejinha do fim de semana, por exemplo, e acabar com o costume de transferir a responsabilidade pelos quilos a mais para a falta de tempo ou para a idade são passos importantes para emagrecer.
Com o passar do tempo, o metabolismo tende a desacelerar, isso é fato. Porém, o erro está em continuar com os mesmo hábitos.
Mudar a alimentação e aumentar a rotina de exercícios ajudam a evitar o ganho de peso, argumenta a autora. Por isso, o ideal é não seguir dietas da moda. E sim, ter um cardápio equilibrado e cheio de nutrientes, além de dar prioridade para as atividades esportivas.
Com a ideia de ficar em forma para o verão, muitas pessoas passam a prestar mais atenção em seus corpos e a busca pelo emagrecimento torna-se mais intensa. Vivemos em uma sociedade que valoriza excessivamente a magreza e que passa mensagens de que pessoas magras são mais felizes e bem-sucedidas.
Além dessas expectativas não serem necessariamente verdadeiras, alimentá-las e acreditar que a magreza trará a solução dos problemas pode piorar a relação das pessoas com a comida. É possível sim, emagrecer de uma forma mais equilibrada e consciente, contanto que se preste mais atenção não só ao que se está comendo, mas também em como se está comendo.
Mudar sua relação com a comida pode contribuir para o emagrecimento. Conheça algumas estratégias que podem ajudá-lo nesse quesito:
Convenhamos: se dietas para emagrecer funcionassem, não haveria milhões delas sendo vendidas como “a solução”. Elas só existem porque existe uma indústria da dieta, que só nos Estados Unidos movimenta mais de US$ 60 bilhões ao ano, de acordo com dados da 12ª edição da pesquisa US Weight Loss & Diet Control Market.
Essa indústria é tema também do livro Losing it: false hopes and fat profits in the diet industry da escritora norte-americana Laura Fraser.
Diversos estudos já demonstraram a ineficácia da prática de dietas na prevenção do ganho de peso. Além de não funcionarem, as dietas podem prejudicar a saúde. Isso porque elas aumentam em até 18 vezes o risco do desenvolvimento de um transtorno alimentar. Além disso, promovem o conhecido “efeito sanfona”, que é a perda e recuperação de peso de modo consecutivo.
Isso acontece porque fazer dieta pode reduzir o gasto energético de repouso, ou seja, faz com que nosso corpo gaste menos calorias. Esse “efeito sanfona” pode levar à intolerância à glicose (conhecido popularmente como “pré-diabetes”) e ao aumento nos depósitos corporais de gordura.
Um único alimento ou suplemento, isoladamente, não tem o poder de emagrecer ninguém. Tudo depende do estilo de vida, da frequência, quantidade e circunstância em que os alimentos e suplementos são ingeridos.
Além disso, um estudo em que participantes pensavam estar consumindo um suplemento emagrecedor demonstrou que usar esses produtos promove um efeito “liberador”. Isso significa que as pessoas tendem a comer mais por acharem que o suplemento por si só vai trazer o efeito desejado.
Da mesma forma que um único alimento isolado não é capaz de emagrecer ninguém, ele também não é capaz de engordar ninguém. Ou seja, não é o chocolate que engorda. Mas sim, como, quanto e com que frequência se come o chocolate ou qualquer outro alimento.
Permita-se comer seus pratos favoritos vez ou outra, até porque a proibição leva ao aumento do desejo por consumi-los. Um estudo israelita observou que um programa de emagrecimento que incluía doces na rotina dos participantes foi mais eficaz em promover perda de peso do que um programa que proibia esse tipo de alimento.
E isso porque os indivíduos sentiram menos vontade de comer doces quando estes eram permitidos.
Algumas pessoas, de tanto fazerem dieta para emagrecer, acabam assumindo uma postura negativa diante de alimentos como vegetais e frutas. Então, procure um novo significado para esses alimentos, experimente-os novamente como se nunca os tivesse comido. Busque receitas atrativas e novas formas de preparo. Conheça os cursos de alimentação saudável do NAMU.
Estudos recentes demonstram que comer quando há fome e parar de comer quando se está satisfeito auxilia a emagrecer. Prestar atenção a estes sinais é algo que está inversamente associado ao índice de massa corporal e à presença de compulsão alimentar.
Por meio do “comer intuitivo”, as pessoas podem perceber melhor os sinais do corpo e têm menor probabilidade de comer em resposta a gatilhos emocionais e ambientais (por exemplo, comer na ausência de fome).
Essas dicas apontam para mudanças de comportamentos duradouras que podem melhorar sua relação com a comida e seu próprio corpo. Afinal, quem não se respeita e não se gosta, não se cuida.
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