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Punk e alimentação vegana

Movimento punk, ligado à cena alternativa, traz a alimentação vegana como uma de suas bandeiras
Da redação
17/01/20

Ser contra o sistema social capitalista é uma das premissas do punk. No entanto, para transformar o atual cenário é preciso estar consciente e saudável. Essa é a bandeira do movimento straight edge, vertente da cena punk surgida nos anos 80, nos Estados Unidos, que condena o consumo de drogas lícitas ou ilícitas.

As pessoas ligadas a esse ideal vindo do punk acreditam que a autodestruição, a violência gratuita e as práticas que causam danos à saúde não são atitudes de rebeldia.

do punk ao prato

Filosofia do movimento punk

Os punks que seguem essa linha buscam unir em sua filosofia:

“Eu não bebo, eu não fumo, eu não me drogo. Pelo menos eu consigo pensar, porra!," diz a letra da música Out of step do Minor Threat, banda que expressava em sua canções os ideais do estilo.

Punk e alimentação vegana

Por considerar a carne e produtos de origem animal como maléficos à saúde, o movimento também foi um dos difusores do veganismo entre os jovens do mundo.

No Brasil, bandas como Juli (Juventude Libertária) e Self (Straight Edge Life Family) popularizaram essa vertente na cena punk brasileira em meados dos anos 90.

Influenciados pelas letras, muitos jovens adotaram a alimentação vegana: sem carne, leite, queijo e ovo, ou seja, nenhum produto de origem animal.

Straight edge e bebidas 

Carol Mercedes, que faz drinks criativos sem álcool no restaurante Barão Natural (1), no centro de São Paulo, se tornou vegana há 19 anos por influência do movimento punk straight edge, do qual faz parte até hoje.

Ela conta que se tornou vegetariana aos 13 anos e, coincidentemente, andava com meninos desse estilo de vida.

“Tive anorexia aos 16 anos de idade. Mesmo com a doença, os exames não encontravam nenhum problema, porque, quando se é vegano, consome-se mais grupos alimentares. Por mais que eu comesse pouco, o que ingeria já era suficiente”, lembra Mercedes.

Em entrevista ao NAMU, ela conta um pouco sobre o movimento punk, os segredos dos drinks e sobre sua relação com o veganismo.

Straight edge e alimentação vegana 

André Vieland, chef do restaurante Casa Jaya, localizado no bairro paulistano de Pinheiros, também aderiu ao veganismo pelo contato com o straight edge proveniente do universo punk.

Ele acredita que, atualmente, não é difícil manter a alimentação vegana em São Paulo.

“A importância do alimento na vida é inigualável e por isso devemos pensar mais antes de comer. É isso que eu faço: penso antes de preparar um prato ou comprar um produto”, defende Vieland.

Em entrevista ao NAMU, ele conta como passou de publicitário a chef da culinária vegana a partir do movimento punk straight edge.

Um dos pratos que Vieland prepara é o ravióli de mezzaluna, recheado com patê de champignon, alho-poró, castanhas-do-pará e coberto por molho rústico de tomate.

Quer conhecer mais receitas veganas mesmo sem precisar pertencer ao universo punk ou straight edge? Aqui no Namu você pode. Confira:

Shake vegan turbinado

A nutricionista e Chef Carina Müller ensina o passo a passo da receita do shake vegano com banana, castanha-do-pará, linhaça dourada, cacau e canela em pó. Além de nutritiva e super fácil de fazer, a bebida não utiliza ingredientes de origem vegetal e pode ser utilizada como substituições para lanches da manhã ou da tarde. O triptofano, presente na banana, melhora o humor, assim como é fundamental nos tratamentos de depressão e estresse.

Ingredientes

  • 1 banana nanica madura 
  • 1 colher de café de canela em pó
  • 2 unidades de castanha-do-pará
  • 2 colher de sopa de linhaça dourada
  • 1 colher de sopa de extrato proteico de alta qualidade
  • 1 colher de sopa de cacau em pó
  • 3 gotas de essência de baunilha
  • 1 colher de sopa de melado de cana

Modo de preparo

  1. Coloque as castanhas de molho em água por, pelo menos, 4 horas. Hidrate a linhaça com 4 colheres de água mineral por 15 minutos. Descasque e fatie a banana. 
  2. Escorra as castanhas e despreze a água do demolho. Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata bem até ficar com a consistência cremosa.
  3. Beba, imediatamente, após pronto para aproveitar, ao máximo, todos os nutrientes!

Nhoque de abóbora vegano

Chef Carina Müller ensina como preparar um prato super saboroso, nutritivo e vegano: nhoque artesanal de abóbora com molho de tomate rústico.

Ingredientes

  • 4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
  • 1 cebola 
  • 2 dentes de alho
  • 10 tomates
  • 15 folhas de manjericão
  • 1 folha de louro
  • 500 gramas de abóbora japonesa
  • 150 gramas de farinha de trigo branca
  • 150 gramas de flocos de milho
  • 1/4 de xícara de linhaça dourada 
  • 2 colher de chá de sal
  • Meia colher de café de noz-moscada 
  • Meia colher de café de pimenta-do-reino preta em pó 
  • 8 castanhas-do-pará
 

Modo de preparo

  1. Cortar a abóbora ao meio, retirar as sementes, embrulhá-la em papel alumínio e levá-la ao forno pré-aquecido a 250 ˚C por 20 minutos ou até que ela esteja macia.
  2. Retirar do forno, desembrulhar e, com ajuda de uma colher, separar a polpa da casca. Espremer com um garfo para obter um purê.
  3. Adicionar ao purê de abóbora duas colheres de sopa de azeite, a farinha de trigo, os flocos de milho peneirados, a linhaça moída, o sal, a noz-moscada e a pimenta-do-reino. Misturar bem até obter uma consistência firme e lisa.
  4. Em uma bancada limpa, polvilhar um pouco de farinha de trigo e colocar a massa de abóbora por cima. Fazer rolinhos compridos com as mãos e cortar com uma faca no tamanho desejado para obter os nhoques.
  5. Ferver em uma panela com água o louro e um pouco de sal. Colocar o nhoque aos poucos e retirar com uma escumadeira quando eles subirem.
  6. Para o tempero, picar os tomates em cubos sem sementes, a cebola, o alho. Separar as folhas do manjericão.
  7. Aquecer as duas colheres de sopa de azeite restantes e refogar a cebola picada. Acrescentar o alho e refogar mais um pouco. Adicionar o tomate picado e cozinhar por alguns minutos. Desligar o fogo a juntar as folhas de manjericão. Temperar com sal e pimenta.
  8. Dispor o nhoque em um prato com o molho de tomate por cima, ralar as castanhas-do-pará sobre o molho e servir.

Curso de alimentação vegana

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