Ser contra o sistema social capitalista é uma das premissas do punk. No entanto, para transformar o atual cenário é preciso estar consciente e saudável. Essa é a bandeira do movimento straight edge, vertente da cena punk surgida nos anos 80, nos Estados Unidos, que condena o consumo de drogas lícitas ou ilícitas.
As pessoas ligadas a esse ideal vindo do punk acreditam que a autodestruição, a violência gratuita e as práticas que causam danos à saúde não são atitudes de rebeldia.
Os punks que seguem essa linha buscam unir em sua filosofia:
“Eu não bebo, eu não fumo, eu não me drogo. Pelo menos eu consigo pensar, porra!," diz a letra da música Out of step do Minor Threat, banda que expressava em sua canções os ideais do estilo.
Por considerar a carne e produtos de origem animal como maléficos à saúde, o movimento também foi um dos difusores do veganismo entre os jovens do mundo.
No Brasil, bandas como Juli (Juventude Libertária) e Self (Straight Edge Life Family) popularizaram essa vertente na cena punk brasileira em meados dos anos 90.
Influenciados pelas letras, muitos jovens adotaram a alimentação vegana: sem carne, leite, queijo e ovo, ou seja, nenhum produto de origem animal.
Straight edge e bebidas
Carol Mercedes, que faz drinks criativos sem álcool no restaurante Barão Natural (1), no centro de São Paulo, se tornou vegana há 19 anos por influência do movimento punk straight edge, do qual faz parte até hoje.
Ela conta que se tornou vegetariana aos 13 anos e, coincidentemente, andava com meninos desse estilo de vida.
“Tive anorexia aos 16 anos de idade. Mesmo com a doença, os exames não encontravam nenhum problema, porque, quando se é vegano, consome-se mais grupos alimentares. Por mais que eu comesse pouco, o que ingeria já era suficiente”, lembra Mercedes.
Em entrevista ao NAMU, ela conta um pouco sobre o movimento punk, os segredos dos drinks e sobre sua relação com o veganismo.
André Vieland, chef do restaurante Casa Jaya, localizado no bairro paulistano de Pinheiros, também aderiu ao veganismo pelo contato com o straight edge proveniente do universo punk.
Ele acredita que, atualmente, não é difícil manter a alimentação vegana em São Paulo.
“A importância do alimento na vida é inigualável e por isso devemos pensar mais antes de comer. É isso que eu faço: penso antes de preparar um prato ou comprar um produto”, defende Vieland.
Em entrevista ao NAMU, ele conta como passou de publicitário a chef da culinária vegana a partir do movimento punk straight edge.
Um dos pratos que Vieland prepara é o ravióli de mezzaluna, recheado com patê de champignon, alho-poró, castanhas-do-pará e coberto por molho rústico de tomate.
Quer conhecer mais receitas veganas mesmo sem precisar pertencer ao universo punk ou straight edge? Aqui no Namu você pode. Confira:
A nutricionista e Chef Carina Müller ensina o passo a passo da receita do shake vegano com banana, castanha-do-pará, linhaça dourada, cacau e canela em pó. Além de nutritiva e super fácil de fazer, a bebida não utiliza ingredientes de origem vegetal e pode ser utilizada como substituições para lanches da manhã ou da tarde. O triptofano, presente na banana, melhora o humor, assim como é fundamental nos tratamentos de depressão e estresse.
Chef Carina Müller ensina como preparar um prato super saboroso, nutritivo e vegano: nhoque artesanal de abóbora com molho de tomate rústico.
Gostou de saber mais sobre como o movimento punk do straight edge e a alimentação vegana tem tudo em comum? Agora você pode ir além e seguir os passos dos chefs e bartenders da matéria.
Confira nosso curso online de sobremesas e dicas veganas para você e seu negócio. Por meio de nossa plataforma, você aprende receitas fáceis e saudáveis onde e quando quiser.