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Emagrecer

Adoçante: um doce engano

Como não traz sensação de saciedade, o produto pode contribuir para o aumento de peso
Da redação
27/09/19

Os adoçantes – também chamados de edulcorantes – são substâncias com poder de adoçar bem maior que a sacarose (açúcar comum), e têm sido usados há mais de cem anos na substituição desse ingrediente, tanto pela indústria alimentícia quanto em preparações culinárias. A maioria deles não possui calorias, e mesmo os que possuem são usados em tão pouca quantidade para adoçar que o valor calórico se torna insignificante. O que você não sabia é mesmo assim eles podem ajudar a você engordar, pois após ingerir o adoçante você não fica satisfeito.

Dividem-se em dois grupos: os de origem natural (como a frutose, o manitol, o xilitol, o sorbitol e a estévia) e os sintéticos, obtidos por meio de reações químicas (como a sacarina, o aspartame, o acessulfame K, o ciclamato de sódio e a sucralose). Atualmente, seu uso é bastante difundido, e podemos encontrar adoçantes nos mais variados tipos de alimentos: bebidas, sorvetes, bolos, gelatinas, chicletes, balas, iogurtes, chocolates, geleias, molhos para salada.

Dose máxima

Antigamente, dizia-se ser praticamente impossível atingir num dia o limite máximo seguro de ingestão de adoçantes (definido pela Organização Mundial de Saúde como “ingestão diária aceitável”), mas com a maior difusão de seu uso esta afirmação já pode ser repensada.Muito já se questionou sobre a segurança dos adoçantes, já que antigos estudos com animais alegaram que alguns deles seriam responsáveis pelo desenvolvimento de câncer. Esses achados foram refutados, mas as evidências atuais não são conclusivas quanto ao papel dos adoçantes em nossa saúde, especialmente no que diz respeito ao controle/redução do peso corporal.

Não sacia e nos faz comer mais

Alguns estudos já verificaram maior consumo alimentar após o uso de bebidas contendo adoçantes, e outros sugerem que o consumo dessas bebidas por crianças e adolescentes pode contribuir para o aumento do índice de massa corporal. Segundo os cientistas, um dos mecanismos responsáveis por esse efeito seria o fato de os adoçantes “confundirem” o organismo: quando comemos um alimento naturalmente doce, contendo sacarose ou outro tipo de carboidrato, a resposta natural do corpo é liberar o hormônio insulina, responsável por metabolizar os carboidratos consumidos. Ao fazer isso, a insulina sinaliza ao sistema nervoso que podemos ficar satisfeitos.

Cupcake

Ao ingerirmos adoçantes, a insulina também é liberada, mas muitas vezes não há carboidratos para serem metabolizados. Dessa forma, a saciedade é prejudicada. Além disso, a insulina liberada acaba reduzindo os níveis de glicose do sangue, provocando uma espécie de hipoglicemia, o que geraria uma maior vontade de doces. Ou seja, a pessoa pode até consumir menos calorias naquele produto com adoçante, mas depois acaba comendo mais.

Ainda de extrema importância é o potencial de alguns adoçantes – especialmente a sucralose – de alterar a microbiota intestinal, ou seja, a população de bactérias que habita nosso intestino. Seu uso pode levar à redução do número de bactérias benéficas, e já se viu que essas bactérias estão relacionadas ao controle do peso corporal.

Contraindicações

Em indivíduos diabéticos, o uso dos adoçantes ainda é bastante propagado, pois dessa forma consegue-se reduzir o consumo do açúcar e essas substâncias parecem não elevar por si só o nível de glicose do sangue. Entretanto, um estudo recente indicou que obesos que consumiram uma bebida com sucralose antes de um exame de curva glicêmica tiveram maior pico de glicemia do que aqueles que tomaram água antes do procedimento.

O real benefício do uso de adoçantes é bastante controverso. Se optar por consumi-los, procure ter moderação. Alguns cuidados especiais: indivíduos com uma doença chamada fenilcetonúria não devem consumir aspartame, pois ele contém fenilalanina, que é tóxica a esses pacientes; e pessoas com pressão alta devem evitar o acessulfame K, que contém potássio e pode influenciar nos níveis de pressão sanguínea.

Foto 2: Stephen Nakatani/ Flickr: StephenNakatani / CC BY 2.0


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