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Você já comeu carambola? Ou, quem sabe, já experimentou algum doce ou suco feito da fruta?
Seja como for, essa simpática fruta em forma de estrela, além de linda, é deliciosa e possui nutrientes e propriedades medicinais que são excelentes para tratar infecções, hipertensão, gripe e até manter as células jovens graças às suas substâncias oxidantes.
Entretanto, também é importante saber que nem todo mundo pode comê-la. A fruta esconde uma toxina poderosa que pode causar males severos a portadores de diabetes e insuficiência renal.
Neste artigo especial, você vai saber um pouco mais sobre a carambola, sua origem, suas propriedades, benefícios e também malefícios. Assim você pode decidir se deve incluir a simpática fruta em sua alimentação.
Seu formato lembra uma estrela. De cor amarela, a carambola (Averrhoa carambola) se destaca das demais frutas por seu aspecto diferente e sabor único.
Nativa da Ásia, a fruta foi introduzida no Brasil em 1817 no estado de Pernambuco. Desde então, ganhou o paladar dos brasileiros.
Mesmo deliciosa, a carambola não é produzida em grande escala como outras frutas. O mais comum é encontrá-la em sítios, fazendas e pomares domésticos.
Segundo a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), os meses de maior produção da fruta são janeiro, fevereiro, maio, junho, julho e agosto.
As variedades da carambola podem ser dividas em doces, que possuem coloração amarelo-esverdeada, e ácidas, com a casca totalmente amarela.
Israel, Tailândia e Malásia são os principais produtores mundiais da fruta.
Como dissemos, a carambola não é comercializada em grande escala: é mais comum ver árvores da fruta em quintais, sítios e chácaras, onde é muito popular.
Aliás, a caramboleira, como é chamada a árvore, é uma pequena frutífera que pode estar em jardins e até ser plantada em vasos grandes, podendo alcançar até 8 metros.
A árvore da carambola é uma ótima opção de árvore frutífera em vaso para compor um pequeno pomar: ela dura muito e seus frutos nascem rápido, normalmente na primavera ou no verão.
Se você deseja ter uma caramboleira em casa, lembre-se: ela precisa de muito sol ou no máximo meia-sombra. Seu solo precisa ser fértil e enriquecido com adubo orgânico, com bom espaço e regas regulares.
O consumo da carambola é diversificado. As frutas mais ácidas, por exemplo, são bastante utilizadas na produção industrial. Sucos, sorvetes, doces, compotas, caldas e geleias são os produtos mais comercializados a partir da fruta.
Também pode ser feito o chá da carambola, como veremos mais abaixo.
O consumo in natura é a forma mais comum e saudável de ingerir a carambola, além de ficar ótima em saladas de frutas e sucos naturais.
Aliás, sua aparência é tão interessante que alguns drinks utilizam a carambola cortada em forma de estrela para enfeitar os copos, trazendo um visual mais tropical e colorido.
Seu formato de estrela dá um charme especial na preparação de pratos quando cortada em fatias.
Rica em vitaminas A, C, B, cálcio, fósforo e ferro, os benefícios da carambola são muitos.
A fruta é ótima contra infecções, pois mantém o sistema de cicatrização das células e fortalece o sistema imunológico.
Além disso, a ação antioxidante retarda o envelhecimento celular, uma vez que elimina os radicais livres, principais causadores do dano. O consumo frequente pode também prevenir gripes e resfriados.
“Por conter bastante água em sua composição, ela é indicada para tratar hipertensão. Suas propriedades adstringentes também são úteis no tratamento de diarreias e de doenças de pele, como psoríase e dermatites”, comenta a nutricionista Julia Florido.
O chá feito com a carambola ajuda a combater febres e estimular o apetite. Contudo, para evitar problemas, o mais indicado é não exagerar na dose.
Apesar de todos os benefícios da carambola, também é conhecida por ser tóxica e prejudicial ao organismo.
A caramboxina, toxina presente na carambola que atua no sistema nervoso, pode levar pessoas com insuficiência renal à morte.
Em razão disso, o consumo da fruta deve ser feito com muita moderação por pessoas que têm diabetes e deve ser completamente evitado por quem sofre de insuficiência renal.
“De acordo com um estudo desenvolvido pela USP, a carambola pode provocar crises de soluço, epilepsia, convulsões e, em casos mais graves, morte. Essa substância existe em baixa concentração na fruta, porém é tóxica”, declara a nutricionista Agnes Curto.
Segundo a especialista, a substância é normalmente eliminada por pessoas que não possuem problemas renais. “Por esse motivo, o consumo deve ser evitado por pessoas que realizam, por exemplo, hemodiálise”, reforça Curto.
Além da caramboxina, a carambola contém grandes quantidades de ácido oxálico, substância que pode facilitar a formação de cálculos renais.
Para quem não tem restrições, o consumo da carambola, além de in natura, pode ser feito em doces e molhos.
Pesquisas apontam que o consumo do chá da folha carambola, muito indicado para pessoas que têm diabetes, na verdade, não produz nenhum efeito nesse sentido.
“Normalmente, ele é indicado para redução da glicemia em indivíduos diabéticos. Mas um estudo publicado em 2010 na revista Scientia Medica relatou que pacientes com diabetes mellitus tipo 2 que consumiram o chá não tiveram melhora nos níveis glicêmicos, ou seja, não houve redução na quantidade de açúcar no sangue nem alteração das funções renais”, conclui Florido.
Como você percebeu, a carambola é mais do que uma fruta linda e saborosa: ela é repleta de nutrientes importantes para a saúde, mas também pode causar sérios danos para quem sofre de insuficiência renal e diabetes. Muito cuidado com ela.
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