Você já experimentou graviola? A fruta nem sempre é tão comum em nossas feiras e mercados. Mas se você encontrar, aproveite e compre uma para sentir seu sabor.
Além de ser uma delícia, a fruta não é tão difícil de comer quanto uma pinha ou fruta do conde. E, também, tem a vantagem de possuir inúmeros nutrientes e benefícios para a saúde.
A graviola é boa para gripes, reumatismos, inflamações, diabetes e há até especialistas dizendo que pode prevenir câncer. Isso, graças às sua propriedades únicas.
Neste artigo, você vai conhecer mais sobre essa fruta tropical tão nossa. Aprenderá suas origens e tudo o que ela pode fazer pela sua saúde.
A graviola (Annona muricata), também conhecida como guanabano ou guanábana, é nativa da América Tropical. Presente em várias regiões do continente americano, inclusive na Amazônia.
A chegada dos espanhóis à América e a “descoberta” dessa fruta fez com que ela se espalhasse por outros lugares do mundo.
O uso medicinal da graviola atravessa gerações. Os povos indígenas do Peru, por exemplo, já a consideravam altamente benéfica para a saúde.
Você já deve ter reparado como a fruta se parece com outras muitas frutas brasileiras. Não é à toa: o gênero Annona possui cerca de 60 espécies, entre elas a Guanabani, grupo da graviola. Sua localização está concentrada em locais quentes e úmidos, como o Brasil.
Atualmente, a fruta é uma das mais importante na região Norte e Nordeste. Isso, por conta de sua produção e exportação para outros países.
Apesar de não estar entre as principais no cardápio dos brasileiros, o interesse do consumidor pela graviola, seu sabor único e valor nutricional cresce cada vez mais.
Quando falamos de frutas como a graviola, é possível destacar inúmeros benefícios oferecidos à saúde humana. Caule, folhas, casca e polpa podem conter propriedades que não são encontradas tão facilmente.
Quem opta por uma alimentação saudável, sabe que nas frutas há inúmeros nutrientes para fortalecer o corpo. Sem contar que ajuda a prevenir contra vários problemas.
Com a graviola não é diferente, a fruta, que é constituída de 54% de polpa, 36% de casca e 10% de sementes, tem uma lista de atributos medicinais vão colocá-la na lista de compras na hora da feira.
Estudada desde 1940 por cientistas, a graviola é considerada uma boa fonte de nutrientes, entre os principais estão:
Chamada de antioxidante, a presença de vitamina C na graviola inibe os danos dos radicais livres que são produzidos durante o dia, de forma direta por ingestão de alimentos ou substâncias industrializadas, ou indireta, pela própria bioquímica corporal e mecanismo de respiração celular.
Rica em compostos bioativos, a fruta possui atividade hipotensiva e antidepressiva.
Já a presença do potássio auxilia na prevenção da hipertensão. Já que reduz a pressão arterial e diminui o risco de problemas cardíacos.
Além disso, a graviola também é rica em fitoquímicos, os quais ajudam a regular o nível de açúcar no sangue.
Por conter propriedades antirreumáticas, anti-inflamatórias e sedativas, a graviola também pode aliviar dores de reumatismo, tratar problemas no estômago e diminuir a insônia.
Por ser diurética, a fruta ajuda também a previnir o cálculo renal, diminui a retenção de líquidos no organismo (ajuda a desinchar) e combate excessos alimentares, pois o consumo de graviola elimina as toxinas pela urina.
“A fruta é aconselhável para pessoas diabéticas, já que possui essa substância que diminui o nível de glicose, além de causar saciedade, o que contribui para o emagrecimento”, comenta a nutricionista Daniele Andrada.
Muito utilizada pela medicina tradicional, a graviola tem despertado a atenção da comunidade médica. Há décadas, suas propriedades são estudadas e algumas descobertas científicas levantaram uma importante questão: a graviola é capaz de curar o câncer?
No entanto, essa dúvida possui controvérsias.
Por possuir acetogeninas, componente químico que inibe as atividades das células cancerígenas, acredita-se que a graviola possa combater tumores resistentes à quimioterapia.
Porém, é necessário afirmar que nada foi comprovado. Nenhuma pesquisa científica de peso confirmou as propriedades anticancerígenas da fruta1.
Por conta dessa divisão de opiniões, é importante ter clareza sobre o que a graviola realmente é capaz de fazer na luta contra o câncer.
“A graviola pode ser consumida para prevenir e não para substituir um medicamento durante o tratamento de uma doença. Apesar de ser muito comentada pelos médicos, o que temos são hipóteses, nada comprovado cientificamente”, ressalta Andrada.
Mesmo com a falta de confirmação, em alguns países, como a Árabia Saudita, suas folhas costumam ser utilizadas durante a terapia de pacientes. Nesse sentido, a graviola é amplamente utilizada para fazer chás.
O chá das folhas da graviola pode ser útil em casos de gripe, asma, catarro, inflamações, vermes e gastrite. Mas antes de se automedicar é aconselhável consultar um médico ou um nutricionista para saber o que precisa ser feito.
Entretanto, é sempre bom entender que não há milagre. “Lembre-se, as frutas, verduras e legumes atuam na prevenção de futuras doenças, não são alimentos milagrosos que vão curar de um dia para o outro”, afirma a nutricionista.
Além de chá e in natura, a graviola pode ser consumida em forma de suco, sorvetes, salada de frutas, compotas e doces. Todas essas opções são uma delícia!
“Quando ingerimos diferentes frutas, verduras e legumes, estamos variando vitaminas, minerais e substâncias bioativas, as quais nos beneficiam com todas as propriedades que possuem. Sempre consuma as frutas de acordo com a sazonalidade, pois, ao ingerir uma fruta fora da época, não terá todas as vitaminas e minerais precisas para aquele momento”, conclui Andrada.
Agora que você conhece melhor a graviola, seus nutrientes e benefícios para a saúde, que tal dar um passo a mais para melhorar a sua alimentação?
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