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Pequi: a fruta símbolo do cerrado

Arroz, carne e frango estão entre os ingredientes que acompanham a delícia na culinária regional
Da redação
27/09/19

Nativo do Brasil, o pequi (Caryocar brasiliense) é parte da vida dos habitantes do cerrado. A fruta tem extrema importância econômica, já que seus derivados são fonte de renda para a população da região, a qual comercializa produtos de artesanato e o próprio pequi in natura. As receitas tradicionais feitas com o pequi são famosas. Símbolo cultural, a fruta é “celebrada” em diversas cidades do Brasil. Em Montes Claros, Minas Gerais, acontece entre os meses de novembro e dezembro a Festa Nacional do Pequi, que conta, além da culinária, com muita música e diversas atividades culturais.

O pequizeiro pode ser encontrado em Estados como Pará, Piauí, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Ceará, Bahia e Minas Gerais. A fruta também é conhecida pelos nomes de piqui, amêndoa-de-espinho, piquiá, piquiá-bravo, pequerim, grão-de-cavalo e suari. O pico de produção do pequi ocorre entre os meses de outubro e dezembro.

Pequi

Benefícios

De acordo com a nutricionista e membro da diretoria da Associação Paulista de Nutrição (APAN), Marcia Melo, o pequi é uma fruta parecida com o abacate, pois possui gordura monoinsaturada, a qual auxilia na proteção contra o aumento das más gorduras no sangue. O pequi é ótimo para a regulação do intestino. “Em 100 gramas de pequi encontramos 19 g de fibra alimentar, o que é considerado alta fonte de fibras”, comenta Melo.

Entre outros nutrientes presentes na fruta, destacam-se os carotenoides, como o betacaroteno, precursor da vitamina A. Essa substância é importante para manter a pele saudável, o bom funcionamento da visão e o sistema imunológico protegido. “Segundo análises da Unicamp, o pequi contém cálcio, fósforo, ferro e tiamina (vitamina B1), altos níveis de riboflavina (vitamina B2), niacina (vitamina B3) e vitamina C”, declara Melo. A presença desses elementos proporciona inúmeros benefícios à saúde.

A constante ingestão do pequi auxilia a prevenir doenças cardiovasculares e crônicas. “Em razão do alto conteúdo de Niacina, o consumo da fruta previne a pelagra, doença decorrente de falhas no funcionamento celular e da carência de vitamina B3. A riboflavina presente na fruta está relacionada com a proteção da visão contra radiação, excitação luminosa e até de cataratas”, reforça. 

O uso do pequi vai muito além do in natura. O óleo extraído da polpa, por exemplo, faz a função do azeite na culinária. Já o oléo da amêndoa é usado no preparo de cosméticos. A fruta dá um toque especial às receitas. Frango, arroz e carne são alguns dos ingredientes que o pequi pode acompanhar nas refeições. Segundo a nutricionista, não há qualquer restrição ao consumo da fruta, porém alguns cuidados devem ser tomados antes de sua ingestão. “ Ele possui inúmeros e minúsculos espinhos embaixo da polpa, os quais podem adentrar na mucosa do céu da boca e causar fortes dores. Por isso, para o consumo do fruto cru, recomenda-se raspar o caroço levemente ao invés de mordê-lo”, finaliza.

Foto: Wikimedia Commons


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