O veganismo é um dos assuntos mais abordados na atualidade. No entanto, esse estilo de vida ainda sofre com a propagação de muitos mitos. Um deles é que não é possível fazer sobremesas veganas saborosas.
“Ser vegano é comer o que a terra dá: feijão, arroz, coco, castanha. E isso tudo você transforma em sobremesas veganas, como mousse de chocolate, requeijão, um aipim em requeijão. Além disso, tudo pode ser feito com o que você tem, e isso tudo tem em qualquer cidade”, declara a apresentadora Alana Rox.
Nesta entrevista, a apresentadora fala sobre o tema e sobre como é fácil aderir ao veganismo. Alana relata, ainda, sobre como a internet ajuda a ter mais acesso a informação quando o assunto é alimentação e vida animal. “Existe uma pesquisa que quase 50% volta atrás, porque vai no médico desinformado, que vai dizer que você precisa comer. Aí você vai falar: eu tentei. Não tentou! Tentou errado”, acrescenta.
Assista a entrevista completa.
Nesse caminho da propagação do veganismo, o NAMU Cursos desenvolveu o curso online de alimentação saudável Sobremesas e dicas veganas para você e o seu negócio. Apresentado pela personal chef Izabela Braga, o curso é dividido em 12 aulas e ensina a fazer sobremesas veganas deliciosas.
O curso, que é 100% online, também dá dicas sobre leitura de rótulos e linha de produção. Além disso, ensina diversas substituições de ingredientes para pratos tradicionais que permitem que o aluno transforme qualquer outra receita em um alimento vegano.
Tal qual preconizou Lavoisier sobre a natureza, na culinária vegana nada se perde e tudo se transforma. Dessa forma, as possibilidades, que pareciam limitadas pelas prateleiras dos supermercados, podem ser inúmeras.
No curso, Braga ensina a fazer um ingrediente novo e surpreendente: a biomassa de banana verde. Trata-se de um produto legitimamente brasileiro que pode ser a base de diversos pratos, tanto salgados, quanto doces. “A ideia de usar a banana verde é que quando ela está imatura ela ainda não desenvolveu nenhum sabor. Ou seja, ela não é doce, é uma base neutra”, explica a chef.
A biomassa de banana verde pode ser usada em quase todas as preparações que precisam de um espessante sem sabor. Inclusive, quase todos os tipos de banana podem ser usados. Porém, há uma exceção: a banana da terra, que é a única que não se recomenda. Já a nanica é a mais aconselhada pela chef.
Uma rica relação de substituições é sugerida pela chef Izabela Braga durante o curso de sobremesas veganas. Inclusive, ela propõe não apenas o corte de produtos de origem animal, como também opções mais saudáveis de ingredientes comuns nas sobremesas, como açúcar refinado e farinha de trigo. Veja abaixo, então, as principais delas:
Nas sobremesas veganas, o leite pode ser substituído por bebidas vegetais de diversas fontes. Essas bebidas têm aspecto leitoso e por isso recebem o nome de leite mesmo que não provenham de uma fêmea. O leite de arroz e o leite de soja, por exemplo, são os mais encontrados nos supermercados.
Outras bebidas como leite de castanha de caju, leite de castanha-do-paráeleite de aveiatambém são preparações comuns que podem ser facilmente feitas em casa, como Braga ensina em uma das aulas.
As preparações de leites vegetais deixam muitos resíduos, por isso a chef também mostra que é possível fazer bolachas, bolos e queijos dessas sobras.
Um iogurte vegano é feito deleites vegetais espessados com ágar-ágarouamido de milho. Ele também pode ser feito pela fermentação de leites vegetais com rejuvelac e fica ainda mais saudável por ser um alimento probiótico. O iogurte de soja, por exemplo, é o mais comum encontrado à venda.
O óleo de coco é a substituição para a manteiga em sobremesas veganas mais recomendada pela chef. Embora o óleo seja muito saudável, ele carrega um pouco do gosto do coco, então isso deve ser considerado.
O abacate também é uma opção de substituição e é um ingrediente que combina com doces e salgados. No curso, Braga ensina como ele pode ser usado para fazer o efeito da manteiga nas sobremesas.
Existem diversas farinhas, como a farinha de semente de linhaça, por exemplo, que quando misturadas com água fervente ficam com uma textura parecida com a do ovo. A biomassa de banana verde, o ágar-ágar e o leite de aveia também são opções de espessantes para sobremesas veganas.
A solução para as inúmeras receitas de sobremesas feitas com gelatina é o ágar-ágar. Esse ingrediente é feito a partir de uma base de algas vermelhas. Além disso, diferente de uma gelatina comum, ele não precisa ficar na geladeira para ter consistência e pode ser dissolvido em água em temperatura ambiente.
A preparação, no entanto, precisa ser fervida e depois gelada para ativar o processo de gelificação.
No curso sobremesas veganas, a chef ensina, ainda, que o mel pode ser substituído por diversos outros adoçantes. Entre eles podemos citar o melado de cana, maple syrup, açúcar de beterraba, açúcar demerara, açúcar mascavo e açúcar de coco (uma opção com baixo índice glicêmico).
O açúcar branco cristal, refinado ou de confeiteiro não é um ingrediente de origem animal, mas pode ter várias substituições mais saudáveis e menos refinadas para preparação de sobremesas. As substituições mais comuns são o açúcar demeraraou orgânico, que tem um sabor mais neutro e pode ser triturados para substituir versões menos cristalizadas. O açúcar mascavo e o melado de cana têm sabores mais acentuados e também podem ser uma boa opção de troca.
Embora esse não seja um ingrediente de origem animal, no curso sobremesas veganas a chef Izabela Braga ensina que há inúmeros tipos de farinhas mais saudáveis que podem ser compradas ou feitas em casa. A farinha de trigo integral, de grão de bico, de arrozede semente de linhaça dourada são alguns bons exemplos de substituições.
Quer conhecer mais substituições veganas para suas receitas? Então cadastre-se no curso Sobremesas e dicas veganas para você e o seu negócio com a chef Izabela Braga. Além de conhecer novas opções você vai aprender a preparar esses ingredientes bastante flexíveis.