As informações contidas na tabela nutricional das embalagens dos alimentos podem nos ajudar (e muito!) na hora de ter uma alimentação mais saudável. Mas, você costuma ler o rótulo dos produtos que coloca em seu carrinho, ou mais do que isso, sabe interpretar a tabela nutricional dos alimentos que consome?
Se parou para pensar e percebeu que não tem esse costume, nada de ficar intrigado com esse comportamento. Até porque, você não está sozinho.
De acordo com a pesquisa do Datafolha realizada com cerca de 2.573 pessoas, em 160 cidades brasileiras, aproximadamente 48% dos brasileiros não têm o hábito de ler as informações do rótulo dos alimentos – como ingredientes e tabela nutricional – e dos 52% dos que se preocupam em ler essas informações, cerca de 35% deles afirmaram entender 'mais ou menos' das informações contidas ali, enquanto 14% disseram não entender corretamente e 3% afirmaram não entender nada do que estava lendo.
Antes de qualquer coisa é importante lembrar que não devemos confiar cegamente no nome ou slogan de um produto. Até porque as nomenclaturas usadas muitas vezes não condizem com a realidade. Para saber o que você está comendo, não tem jeito, só lendo a tabela nutricional!
Está entre os que pouco entendem ou não entendem nada na hora de interpretar os rótulos dos alimentos? Nós te ajudamos a decifrar e a identificar quais informações devem ser observadas antes de concluir se um produto é saudável ou não.
Segundo a norma que regula a rotulagem de alimentos, fazem parte dos itens obrigatórios de um rótulo, a tabela nutricional, os ingredientes utilizados, os atributos nutricionais complementares, entre outros de menos importância.
Outro item que vale ressaltar é que a lista de ingredientes está disposta em ordem decrescente. Ou seja, o primeiro ingrediente é que está presente em maior quantidade no alimento.
O próximo passo é verificar o valor energético e os teores de carboidratos, proteínas, gorduras (totais, saturadas e trans), fibras e sódio que os produtos oferecem, esses são os itens obrigatórios. E, geralmente, esses teores são calculados com base nos valores diários recomendado do nutriente de uma a dieta de duas mil calorias.
A sigla indica qual a quantidade de energia (calorias) e de nutrientes que o alimento apresenta. Lembrando, em relação a uma dieta média de 2.000 kcal. E serve para orientar se a quantidade daquele nutriente é pequena ou grande naquela porção.
Importante: se decidir comer um salame com 30% do VD de sódio, por exemplo, é sinal de que só esse produto já fornece 20% do total da quantidade recomendada desse nutriente para um dia.
É a quantidade de energia que o alimento fornece ao nosso corpo por meio dos carboidratos, proteínas e gorduras.
São os componentes dos alimentos que fornecem energia para nossas células, inclusive para as células cerebrais. Ou seja, é a principal fonte de energia para as células do corpo. Eles podem ser encontrados em massas, arroz, açúcar, mel, pães e farinhas, por exemplo.
Importante: o valor diário recomendado é de 300g, com base em uma dieta com consumo médio de 2.000 kcal. E vale ressaltar que as necessidades diárias de cada indivíduo. Elas variam de acordo com a idade, a prática de atividade física e estado de saúde de cada pessoa.
São fundamentais na construção e manutenção de órgãos, tecidos e células. Podem ser encontrados em carnes, ovos, leites e derivados, além de leguminosas como feijões, soja e ervilha.
Importante: o consumo diário recomendado é 75g de proteína com base em uma dieta média.
São as principais fontes de energia do corpo. Além de serem responsáveis pelo transporte e absorção das vitaminas A, D, E e K. Na tabela nutricional elas representam a soma das gorduras - saturadas, insaturadas e trans - encontradas no alimento.
Importante: devem ser consumidas com moderação, sendo a ingestão diária limitada a 55g.
Provenientes de alimentos de origem animal, devem ser consumidas de forma moderada. Uma vez que consumo em excesso pode elevar os riscos de doenças cardiovasculares e outros problemas.
Importante: recomenda-se o consumo diário de 22g, com base em uma dieta de 2000 kcal por dia.
Conhecidas também como ácidos graxos trans, essas gorduras estão presentes em alimentos com gordura vegetal hidrogenada/fracionada, principalmente em produtos industrializados, como: salgadinhos, bolachas recheadas, sorvetes e margarinas, por exemplo.
Importante: fuja desse tipo de gordura o quanto der! A gordura trans além de não ter função significativa no organismo, ainda pode aumentar as chances de problemas no coração. Segundo a Anvisa, é indicado consumir, no máximo, até 2g de gordura trans por dia para não ter sua saúde prejudicada.
Que tem intestino preguiçoso sabe que a ingestão de fibras é fundamental para o bom funcionamento do intestino. E não é só isso, as fibras também retardam a digestão dos alimentos, promovendo uma sensação de saciedade por maior tempo e também auxiliam no controle da glicemia e do colesterol.
Importante: As fibras alimentares podem ser encontradas em frutas, legumes, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A recomendação de consumo é de pelo menos 25g de fibras por dia.
Presente no sal de cozinha e nos alimentos industrializados, seu consumo deve ser moderado. Pois, em excesso, pode ocasionar problemas como a hipertensão e retenção de líquidos.
Importante: uma alimentação saudável deve conter, no máximo, 2.400 mg de sódio por dia. Por isso, leia a tabela nutricional dos alimentos que consome e fique de olho na porcentagem do VD de sódio.
A recomendação atual da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que o consumo diário de açúcar não ultrapasse 50 gramas, mas segundo a mesma organização o ideal para a saúde seria limitar a 25 gramas.
Segundo Monica Moromizato, endocrinologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, uma estratégia bastante eficiente para reduzir a ingestão de açúcar é ler o rótulo dos alimentos e a tabela nutricional.
“O primeiro nome que aparece na lista de ingredientes na embalagem é o aquele que está presente em maior quantidade na composição do produto. Com essa prática, é possível começar a criar uma consciência sobre os tipos de produtos que levam mais ou menos açúcar e tentar equilibrar o seu consumo”, afirma a especialista explicando que a energia que nosso organismo pode vir de alimentos como, por exemplo, frutas, de 3 a 4 por dia, e grãos integrais, como pão, arroz, massas integrais e quinoa, considerados carboidratos complexos e com absorção mais lenta pelo organismo, como a batata doce e a tapioca.
Gostou das dicas? Agora é hora de colocar em prática e criar o hábito de consultar sempre a tabela nutricional dos produtos antes de colocar no carrinho de compras.
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