Formado em engenharia eletrônica, o monge Daniel Calmanowitz conheceu o budismo tibetano em 1987, mesmo ano em que começou a trilhar o seu caminho espiritual. Foi aprendiz de Lama Gangchen Rinpoche, assim como o seu filho Lama Michel.
Entre outras passagens, Calmanowitz relata que durante sua estadia no monastério teve muitos ensinamentos e que, apesar de não saber nada da língua local, a maior dificuldade foi sua adaptação a todos os costumes do budismo tibetano e modo de vida dos tibetanos. Segundo o monge, o seu objetivo de vida é morrer com a sensação de missão cumprida e, ao olhar para seu passado, ver que fez algo de significativo.Segundo o budismo tibetano ensinado por Lama Michel, a paz se encontra através de um processo de autoconhecimento, conscientização e, antes de tudo, de um cuidado com as nossas ações do dia a dia. O cuidado com o bem do outro, explica, nos ajuda a atingir a própria paz interior. “É importante ter cuidado para agir, falar e fazer escolhas que levem ao nosso próprio objetivo, mas levando em consideração o objetivo e bem-estar do outro também”, relata o monge.
“A meditação nos ajuda a ver o momento presente, viver ele, criar o espaço para elaborar nossas emoções e criar espaço para poder encontrar soluções”, relata o lama. A prática de meditação pode ser benéfica ao corpo, pois entre os benefícios estão a coerência cardíaca e melhora de problemas de pressão. Lama Michel ainda declara que para ter uma meditação fluída é preciso se atentar a postura. “O ideal é fazer de manhã, à noite e uma vez durante a tarde também, no almoço ou no metrô, por exemplo”, reforça Lama Michel.