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Corpo e Mente

Chi kung: o lado terapêutico do tai chi chuan

O chi kung possui uma grande variedade de técnicas e aplicações, todas elas utilizando movimentos corporais sutis e fluidos
Da redação
25/09/19

O chi kung (qi gong) é uma prática ligada ao exercício do cultivo de energia. Ela visa conservar uma mente sadia e promover a saúde. De acordo com o professor Jaime Kuk, especialista em práticas terapêuticas corporais, ela possui uma grande variedade de técnicas e aplicações. E todas elas utilizando movimentos corporais sutis e fluidos. A mais conhecida no Brasil é a prática do tai chi chuan, que é originalmente uma arte marcial.

Quer saber mais? Confira a entrevista sobre Chi Kung, o lado terapêutico do tai chi chuan.

“O chi kung terapêutico é projetado para os praticantes trabalharem e harmonizarem a circulação energética. No Brasil, a palavra ainda não é bem conhecida. Dessa forma, algumas pessoas conhecem o tai chi chuan, enquanto outras conhecem o lian kung. Há ainda aqueles que ouvem falar em chi kung e acham que é outra coisa diferente. Mas, a verdade é que é tudo chi kung”, explica o professor.

Chi kung: o que é?

O chi kung, também conhecido como qi gong ou chi gung, é uma arte que pretende desenvolver o que a tradição chinesa entende por “energia vital”, isto é, o “chi”. Nesse sentido, essa prática diz ser capaz de alterar e controlar o movimento do chi dentro do corpo do praticante. Dessa forma, se alcança a longevidade física.

Há, atualmente, vários tipos de chi kung. Através deles, seus praticantes buscam melhorar a própria saúde e prevenir doenças através da combinação de disciplina da mente, do corpo e do controle da “força vital” presente no chi. Em sua versão terapêutica, a prática está ligada à medicina tradicional chinesa assim como a acupuntura e a fitoterapia.

o que é chi kung

Igualmente ao tai chi, os exercícios de respiração e alongamentos do chi kung ajudam a manter o corpo mais flexível e a reduzir o estresse. O objetivo é ajudar o praticante a perceber seu corpo, alinhamento, postura, articulações e órgãos. Depois vem o ajuste da respiração. Isso porque para a medicina tradicional chinesa, respiração e energia são sinônimos.

A prática

A origem de movimentos do chi kung – prática tradicional das artes corporais chinesas – é atribuída a dois personagens que viveram na dinastia Song (960-1279). Uma é o taoísta Lu Dunbing, mestre da alquimia e integrante do grupo dos “oito imortais” (ba xien). O outro é o general Yue Fei, criador de doze séries de exercícios para treinar suas tropas. 

Com o passar do tempo, os exercícios de Yue Fei acabariam compondo os oito do Baduanjing. Dessa forma, é muito provável que eles sejam uma síntese de exercícios terapêuticos que perduraram no tempo. 

Contudo, a compilação das sequências em oito movimentos descritos em ilustrações só ocorreu na dinastia Song. E também houve grande desenvolvimento e aprimoramento das descrições no final da dinastia Qing (1644-1912).

O nome expressa o valor que os chineses atribuem à prática. Ou seja, o número oito (ba), que simboliza abrangência, não é somente um indicador da quantidade de exercícios. Isso porque ele também é considerado uma atuação terapêutica sobre o corpo físico, emocional e mental. 

benefícios do chi kung

A popularidade do chi kung na China recebeu, ao longo do tempo, várias versões e interpretações. Inclusive, em 2009, o governo chinês fundou o Chinese Health Qigong Association. Trata-se de uma entidade com o objetivo de pesquisar, desenvolver, renovar e divulgar a herança preciosa das práticas corporais terapêuticas deixadas por médicos e mestres da antiguidade. 

O Baduanjin, por exemplo, foi um dos primeiros métodos a ser estudado e renovado por um grupo de professores da Universidade de Esportes de Beijing. Dessa análise resultou uma versão que tem relação com as necessidades atuais e mantém a essência da prática.

Ajustes do chi kung para o século 21

Em São Paulo, dois pesquisadores unem os conhecimentos orientais e ocidentais propondo o chamado chi kung somático. Nessa abordagem, os fundamentos da educação somática auxiliam na prática e entendimento dos tesouros dessa técnica chinesa. Ela foi desenvolvida pela parceria de Rodrigo Gentil Palma e Renata Maitino, quando perceberam que tinham pesquisas e experiências similares.

"Esta proposta nasceu da necessidade de criarmos um sistema que pudesse acolher todas as joias que colhemos nestes vários sistemas de conhecimentos somáticos em uma abordagem mais atual. Afinal de contas, somos ocidentais e acreditamos que o conhecimento pode se atualizar”, declara Rodrigo Palma.

“Estamos pensando em como fazer funcionar no dia a dia, na frente do computador, já que se trata de uma síntese daquilo que acreditamos que possa ajudar as pessoas. Ou seja, a intenção é fazer com que o aluno apreenda o que é essencial", detalha Palma.

A prática do chi kung propõe três ajustes: da postura, da respiração e da mente. O objetivo, então, é ajudar o praticante a perceber seu corpo, alinhamento, postura, articulações e órgãos. Depois vem o ajuste da respiração. Isso porque para a medicina tradicional chinesa, respiração e energia são sinônimos.

O chi kung somático é organizado nestes mesmos princípios. Ou seja, ele começa com o corpo físico para depois entrar no energético e depois no mental/emocional. Assim, a educação somática mapeia vários destes sistemas. Porém, quando comparado à medicina tradicional chinesa, o chi kung somático inova em aspectos como a didática e o aprofundamento na consciência corporal. 

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