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Meditação: saiba mais sobre essa prática milenar

Estado de concentração que conecta corpo, mente e emoções, a meditação é uma prática milenar que promove o autoconhecimento
Da redação
31/03/20
A meditação é uma técnica que existe em várias culturas e permeia, mesmo que de alguma forma, o âmago de todas as tradições religiosas. Sua prática é muito disseminada nas tradições orientais. Quer saber mais sobre meditação? Então acompanhe o artigo a seguir!

Meditação também é ciência

O estudo sistematizado da meditação com finalidade científica teve início, principalmente, com as publicações de Robert Wallace, Herbert Benson e Jon Kabat-Zinn. Esses autores iniciaram um diálogo entre as tradições orientais e a percepção ocidental do mundo e criaram movimentos ligados à prática e estudo científico da meditação. Contudo, para tratar do assunto, é necessário definir o que é consciência, ou seja, a faculdade que nos permite meditar. Consciência é uma palavra que vem do latim contientia, que significa “saber com ser mutuamente alerta”. Essa definição é interessante e curiosa, pois a ciência discute há muito tempo teorias para explicar a consciência. E é nesses estados que a meditação atua. meditação transcendental Delinear o que é meditação é uma tarefa difícil em razão da grande variedade de práticas consideradas meditativas. A comunidade científica não tem um conceito definido sobre o termo, apesar de haver amplas discussões a respeito. A definição mais confiável, normalmente adotada em estudos científicos, diz que a meditação é “um processo autorregulatório da atenção em que, por meio da prática, é desenvolvido o controle dos processos atencionais”. Em outras palavras, é “a busca da alteração voluntária no estado de consciência utilizando a percepção consciente e a auto-observação”.

Complicado?

Pode-se dizer que meditar é fortalecer a consciência, ou seja, a capacidade de observar o momento presente. É como dar um passo para trás e ser capaz de observar o fluxo de pensamentos, emoções e o que se passa em nosso interior. Da mesma forma que podemos exercitar o corpo e ganhar força com os músculos, podemos fazer a consciência ganhar presença, foco e atenção, fatores fundamentais para a prática de meditação. As técnicas de meditação podem ser divididas basicamente em duas categorias: sem objeto e com objeto.  Existem práticas puramente religiosas, algumas sem vínculo com o sagrado e outras que combinam elementos da psicologia e da neurociência.

Meditação: muitos caminhos, o mesmo resultado

Apesar das grandes diferenças existentes entre as técnicas, pesquisadores acreditam que há um padrão de ativação da experiência meditativa independentemente do tipo utilizado. Ao passar do estágio inicial, as alterações cerebrais registradas por métodos de diagnóstico por imagem (como ressonância magnética funcional, tomografia por emissão de pósitrons ou magnetoencefalografia) mostram diferenças consideráveis entre as ativações das áreas de uma técnica para outra. Marcelo Árias Dias Ducanlov e Roberto Serafim Simões, fisiologistas autores do livro Neurofisiologia da meditação descrevem seis formas distintas de meditação e ressaltam que algumas escolas adotam várias técnicas simultaneamente:
  • Concentração: forma mais geral de treino mental em que é feita a escolha de um objeto único e aumenta-se a atenção sobre ele;
  • Estado aberto: o meditador torna-se um espectador de seus pensamentos. Observa com consciência, mas não se deixa levar por nenhum deles;
  • Destemor: o praticante busca desenvolver uma certeza com a compreendendo que nada poderá perturbá-lo. É a ideia de que “não se tem nada a ganhar, nem a perder”;
  • Compaixão: é produção de intenso sentimento de amor e compaixão por todos os seres vivos;
  • Devoção: o praticante medita e seu foco principal é a devoção ao mestre ou ícone religioso representativo de sua doutrina;
  • Visualização: o praticante se esforça para meditar com foco em uma imagem mental detalhada.

Mapa da mente

A dificuldade de estabelecer uma definição de meditação ocorre em razão da complexidade da consciência humana. O estudo das neurociências está longe de conhecer com clareza seus mecanismos mais simples e a interação entre os sistemas cerebrais ativados durante a meditação. Inclusive, a ciência tem estudado intensamente os efeitos das técnicas de meditação na saúde. Algumas pesquisas, por exemplo, registraram mudanças físicas na estrutura do cérebro em curto período de tempo com o uso de práticas meditativas e incremento nos benefícios para a saúde. Além disso, muitos estudos têm apurado os mecanismos cerebrais envolvidos em muitas experiências meditativas e religiosas. Um exemplo disso é a relação entre a desativação do lobo parietal posterior superior, área do cérebro responsável pela orientação do corpo no espaço e a sensação de flutuar durante alguns estados meditativos. De qualquer forma, as análises científicas têm corroborado para evidenciar que as práticas meditativas possuem funcionamento físico-metabólico. Para aqueles que têm uma compreensão não materialista da realidade, a conciliação reside na possibilidade do entendimento de que todo fenômeno psíquico, ou espiritual, tem uma ação física em um determinado momento. É por isso que ter ou não uma área do cérebro que envolva a experiência religiosa não exclui um entendimento da experiência além do campo físico.

Religar

As práticas meditativas têm se afirmado, estabelecido pontes entre ciência e religião e dialogado com os pontos de vista e entendimentos diferentes da realidade. O subproduto dessa religação ainda é um mistério e vem se mostrando na complexidade reconhecida quando estudamos fenômenos como a consciência humana e todas as experiências desse universo interior. Seria mesmo possível sermos imparciais como prevê o método científico? Será que o cérebro pode estudar o cérebro? Será que a consciência humana pode compreender seu próprio mecanismo de existência? Que tal meditar um pouco sobre esse assunto? Conheça então os cursos online de meditação e mindfulness do NAMU e descubra novas alternativas para uma vida mais saudável.

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