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Os efeitos terapêuticos e relaxantes da música são observados pelos humanos desde tempos imemoriáveis, ainda mais quando falamos em músicas para meditar. Observados desde a época dos grandes filósofos gregos, recentemente a ciência vem sugerindo uma série de efeitos que ela causa em nossos corpos, mentes, emoções e também na percepção que temos de nós mesmos e do que sentimos. Quer conhecer os benefícios da música? Então acompanhe o artigo a seguir.
Várias pessoas que recorrem à meditação relatam dificuldade de silenciar a mente para o turbilhão de preocupações do dia a dia. Usar músicas para meditar pode ser de grande auxílio. Contudo, não é qualquer estilo musical que serve ao propósito da meditação.
Segundo o estudioso de músicas Ter Ellingson1, existem tantas definições do que é música quanto culturas no mundo. Por conta disso, seria presunçoso afirmar que o termo só se compreende na forma a seguir. No Ocidente, por exemplo, tende-se a dividir a música usualmente em elementos melódicos, rítmicos e harmônicos.
E embora cada um desses elementos, conforme se observa generalizadamente nas terapias que empregam elementos sonoros, produzam efeitos distintos nos seres humanos, existem algumas características específicas que a músicas para meditar e que relaxam possuem.
Em primeiro lugar, atentemos aos elementos rítmicos. Conforme um estudo realizado na Holanda3, mudanças de tempo, modo e percussão provocam alterações cardiovasculares e influenciam no nível de tensão do organismo. Ou seja, quanto mais rápido for o ritmo de uma música, menos relaxado o ouvinte tende a ficar.
E mesmo que ele goste de um estilo mais acelerado, como música eletrônica, ainda assim a tensão pode ser observada em seu organismo, portanto, se você busca músicas para meditar, talvez as mais agitadas não sejam a melhor escolha.
Outras pesquisas2 também sugerem que uma estrutura rítmica dissonante estimula a secreção do hormônio cortisol, relacionado ao estresse. Com essas informações, podemos supor que quanto mais linear e lenta uma música for, mais apropriada ela tende a ser para a atividade meditativa.
Um dos objetivos da meditação é trabalhar um estado mental extremamente focado. Segundo os estudos de Kalfha2, eletroencefalogramas de monges budistas demonstram um aumento de atividade cerebral relacionada à concentração, e não o contrário.
Por isso, um segundo fator também deve ser levado em consideração: a nossa cognição. Uma das características principais da cognição é que a mudança de um estímulo desperta nossa atenção.
Sendo assim, caso se empregue uma sequência de músicas de poucos minutos de duração com pausas entre elas, a interrupção do estímulo sonoro a cada mudança de faixa fará com que o foco da atenção seja puxado para a audição, mesmo que as músicas sejam todas lentas.
Na meditação tibetana, por exemplo, os mantras não são monótonos e longos, de forma quase que ininterrupta ao acaso.
É claro que dificilmente teremos um coral budista a nossa disposição aqui no Ocidente entoando músicas para meditar. Porém, podemos priorizar faixas longas e ininterruptas, para que a música se torne um detalhe e não o foco principal do que estamos fazendo.
Contudo, músicas longas que possuem grande variação harmônica e melódica, como uma sinfonia, por exemplo, também não são indicadas. Isso porque não são apenas as dissonâncias rítmicas que nos despertarão a atenção. Variações de qualquer elemento sonoro no estímulo terão um grande potencial para desviar o nosso foco do trabalho meditativo, prejudicando mais do que ajudando.
Seguindo essas duas características, fica mais fácil selecionar as músicas para meditar que colabore com o seu trabalho meditativo. Seguem mais algumas dicas para desfrutar dos benefícios da música na meditação:
As pessoas tendem a ter mais facilidade de meditar apenas com um tambor tocando no mesmo ritmo indefinidamente (sem mudança de modo ou andamento). Outras pessoas, porém, preferem uma canção longa e monótona (sem mudança de tom), em gama de acordes tocada por pianos ou cordas. Há também quem prefira músicas gregorianas (o nosso equivalente ocidental aos mantras).
Podemos apontar ainda os próprios mantras – usualmente lentos e com pouquíssima variação melódica, rítmica e de timbre. Seguindo essas dicas, você também pode testar diferentes estilos de músicas para meditar. Veja o que melhor serve para você!
“Mantras são sons sagrados”, declara a professora Subagh Kaur Khalsa. Os mantras têm uma frequência que levam o ser humano ao seu próprio interior. Cada som tem a sua habilidade de para nos convidar a outro tipo de experiência. “Ôong namô guru dêv namô é o mantra que iniciamos uma aula de kundalini yoga”, acrescenta Subagh.
Quer saber mais sobre os mantras e como eles podem compor a sua lista de músicas para meditar? Assista à entrevista completa:
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