Quem sofre com a labirintite sabe mundo bem que basta uma virada de cabeça mais rápida para ver o mundo girar.
Movimentos bruscos com a cabeça, principalmente o simples ato de deitar e levantar da cama, podem ocasionar uma sensação de vertigem e até mesmo fazer com que a pessoa perca o equilíbrio. O que pode gerar medo em quem tem que conviver com a tontura.
Não só é possível, como as atividades ainda podem ajudar a reduzir as incidências das crises de labirintite.
Estimular o sistema vestibular pode ser uma excelente alternativa para prevenir alguns casos de labirintite. Claro que durante as crises de labirintite o mais indicado é procurar um médico. Mas, após a passagem do quadro, o Pilates é um exercício bastante eficaz. Pois auxilia a estabilização e a mobilidade da cervical.
É importante lembrar que a tontura em si não é precisamente uma doença. Na verdade ela é um alerta de que algo no organismo não vai bem. E engana-se quem pensa que as vertigens só aparecem em idosos.
Apesar de acontecer com maior regularidade em pessoas com mais idades, esses sintomas podem surgir em qualquer faixa etária ao longo da vida.
Segundo dados do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a labirintite afeta 33% das pessoas em alguma fase de suas vidas. Sendo que, na terceira idade essa estatística pode chegar aos 65%.
Muitas das labirintites estão acompanhadas de problemas da coluna cervical. Isso pode, além de tontura, causar formigamento ou desconforto nos membros superiores. Por isso, antes de iniciar qualquer atividade física, é preciso investigar a origem do problema.
Antes de mais nada, vale ressaltar que nem todo episódio de tontura está diretamente ligado à labirintite. Existem diferentes doenças que afetam o labirinto e a palavra labirintite é muitas vezes usada de forma equivocada.
A labirintite é uma inflamação do labirinto. Assim como todas as ITES do corpo, está associada a alguma outra infecção, como otite ou amigdalite, por exemplo. Mas o termo acabou sendo usado para definir os sintomas de tontura ou vertigem.
Para quem sofre com a doença, o labirinto é altamente influenciável por doenças metabólicas ou fatores externos. A hipertensão, o diabetes, o uso de álcool e fumo, assim como o estresse e a ansiedade são fatores de risco para labirintite. E todos eles podem ser melhor controlados com a prática do Pilates.
Isso porque, os exercícios praticados durante a aula de Pilates dão suporte para que novos rearranjos das informações sensoriais periféricas sejam feitos.
Resumindo, a prática ajuda a contornar a condição que bagunça o funcionamento do labirinto (estrutura localizada no ouvido interno e que responde pela noção de posicionamento do corpo). Permitindo que novos padrões de estimulação vestibular necessários em novas experiências, passem a ser realizados de forma automática.
O método desenvolvido por Joseph Pilates pode promover resultados significativos para a saúde de quem sofre com problemas no labirinto, pois, além de trabalhar o equilíbrio do aluno por meio de exercícios específicos, o Pilates favorece o desenvolvimento de diversos músculos essenciais para manter o equilíbrio do praticante.
O fortalecimento dos tornozelos e quadris ajudam a evitar as quedas, transtorno comum de quem sofre com as quedas advindas das crises de tontura.
Os exercícios de estabilização e mobilidade da cervical também são importantes, pois contribuem para a manutenção do equilíbrio até que a inflamação do ouvido interno diminua.
Lidar com os efeitos físicos da doença pode ser emocionalmente desgastante, e o Pilates contribui para o relaxamento do corpo e mente, uma das primeiras condições para o que o nosso corpo fique receptivo aos benefícios da prática.
Manter um ponto fixo quando o corpo está em movimento e numa etapa mais avançada, direcionar o olhar com os movimentos dos membros superiores ajuda a treinar os reflexos vestibulares e cervicais.
Para os praticantes que possuem problemas de labirinto, a propriocepção dá-se com pequenos movimentos oculares, seguido de movimentos cervicais e exercícios de controle postural realizados em várias posições.
É recomendado que siga dessa forma até que, em estágios mais avançados, sejam capazes de utilizar uma superfície instável, caso avalie que seja necessário.
Como já falamos aqui, a avaliação física para a prática de pilates é fundamental para a definição do treino e a única garantia que os exercícios indicados serão eficientes. Afinal, é com base nela que o instrutor(a) irá determinar qual o melhor treino para te ajudar a prevenir a incidência das crises de labirintite.
Então, nada de sair por aí fazendo atividades físicas sem o parecer de um profissional.
Com o diagnóstico fechado, acompanhamento médico e prática de exercícios a labirintite costuma desaparecer.
Algumas mudanças no seu estilo de vida também podem ter um papel importante na prevenção das doenças do labirinto.
Quer começar a praticar? Conheça as aulas de pilates online do Namu e comece alivie o sintomas da labirintite com o pilates!