Você já pensou que o tai chi chuan pode ter alguma relação com o Mal de Parkinson? Pois é!
Não é fácil encontrar um tratamento indolor e sem efeitos colaterais para o Mal de Parkinson. Por esse motivo, a ciência tem pesquisado métodos que possam aliviar os sintomas trazidos pela enfermidade. Um estudo divulgado na revista New England Journal of Medicine1 revelou que a prática do tai chi chuan pode atingir melhoras significativas nos sintomas da doença. Quer saber como? Então acompanhe o artigo a seguir.
O tai chi chuan é uma arte marcial milenar chinesa que contribui para o aumento da flexibilidade e da força muscular. Composta por 103 movimentos – circulares, contínuos e lentos -, a prática estimula a concentração, a consciência corporal e funciona como um eficaz sistema antiestresse.
Além disso, o tai chi chuan também colabora para o equilíbrio das energias do corpo e a revitalização das funções dos órgãos, estimulando o metabolismo. Ainda, contribui para a saúde cardiovascular, respiratória e a forma física das pessoas, além de aliviar os estados depressivos.
A doença de Parkinson é caracterizada por uma perda progressiva dos movimentos. Isso ocorre em razão da degeneração e morte de neurônios que controlam a transmissão dos comandos vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Por aumentar o equilíbrio dos pacientes e fortalecer a musculatura, a prática do tai chi chuan mostrou-se positiva para o tratamento dos sintomas do Mal de Parkinson.
Estima-se que 1% dos indivíduos com mais de 65 anos tenha Parkinson, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda, existem de 150 a 200 doentes para cada 100 mil habitantes, segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, publicado em 20102.
Se dividirmos a população por faixas etárias, 80% dos casos ocorrem entre os 60 e os 75 anos. E isso, é claro, relaciona a maior incidência da doença com a velhice. Porém, há 10% de casos que aparecem antes dos 45 anos. Foi o que aconteceu com o ator norte-americano Michael J. Fox, que descobriu a doença aos 37 anos de idade.
Os resultados de tratamentos alternativos são melhores em fases iniciais da doença. O problema é que 50% dos portadores só descobrem que são vítimas do Mal de Parkinson em estágios avançados.
Os primeiros sintomas podem aparecer como um cansaço ao final do dia, a caligrafia pode se tornar menos legível ou a fala pode se tornar mais arrastada. Além disso, podem ocorrer lapsos de memória, dores musculares e outros indícios facilmente confundidos com estresse.
À medida que a enfermidade avança, um braço ou uma perna podem perder movimentos e os primeiros tremores aparecem. Geralmente, é apenas nesse estágio que as pessoas procuram ajuda profissional.
Alongamentos e treinos de resistência já haviam mostrado bons resultados para o sistema motor dos pacientes. Porém, um estudo divulgado na revista New England Journal of Medicine1 revelou que a prática do tai chi chuan pode atingir melhoras significativas nos sintomas da doença.
O estudo baseou-se na seleção de 195 portadores da doença de Parkinson. Embora eles apresentassem comprometimento do sistema motor, conseguiam andar e ficar em pé. Eles foram, então, divididos em três turmas. Dessa forma, cada uma delas recebeu um programa de atividades físicas: tai chi chuan, treinos de resistência ou alongamento.
As três turmas analisadas na pesquisa frequentaram as atividades físicas recomendadas para o tratamento dos sintomas de Parkinson durante seis meses. Por duas vezes na semana, uma turma frequentou aulas de tai chi chuan, enquanto outra frequentou sessões de alongamento. Já a terceira participou de treinos para aumentar a resistência física.
Os resultados foram surpreendentes. Conforme os parâmetros estabelecidos na pesquisa, os participantes que fizeram tai chi chuan demonstraram equilíbrio duas vezes melhor do que o grupo de treinamento de resistência. Além disso, tiveram desempenho quatro vezes melhor do que o grupo que fez alongamentos.
Ao contabilizarem as quedas e os desvios ao longo de trajetos estabelecidos, os pesquisadores contaram números de duas a quatro vezes menores para aqueles que fizeram as aulas de tai chi chuan. A prática também fortaleceu a musculatura envolvida no equilíbrio, o que resultou em taxas menores de degeneração do sistema motor.
“Estes resultados são clinicamente significativos porque sugerem que o tai chi, um exercício de baixo ou moderado impacto, pode ser usado como um auxiliar nas terapias físicas usadas atualmente para tratar de alguns problemas-chave no Mal de Parkinson, tais como instabilidade da postura e no andar”, comenta o médico Fuzhong Li, integrante do grupo de pesquisadores do estudo.
Além do tai chi chuan, o Pilates é um superaliado no tratamento do Parkinson. É isso mesmo, o método desenvolvido por Joseph Pilates é indicado para a reabilitação e prevenção de diversas doenças neurodegenerativas. Em especial no tratamento do Parkinson, já que trabalha a respiração, a coordenação motora e a força.
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