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Ana Claudia Quintana Arantes: não é proibido ficar triste

Ficar triste faz parte do processo de aceitação: se você não experimenta a tristeza, saiba que alguma coisa está errada.
Bruno Torres
13/07/15

Ana Claudia Quintana Arantes é geriatra e especialista em cuidados paliativos. Para a médica, a tristeza faz parte do processo de luto. A medicação de um paciente em luto, defende, não ajuda a curar a tristeza e deve ser feita apenas em casos específicos e de depressão profunda. "A morte faz com que nós experimentemos a tristeza e esta faz parte da nossa humanidade, de maneira natural. Mas, isso não é aceito pela sociedade, pois as pessoas pensam que é proibido ficar triste e que não temos o direito de derramar lagrimas ou se aborrecer com o que estamos vivendo. Todo mundo força o uso de medicamentos para controlar a tristeza e para que estejamos adequados e enquadrados na expectativa do outro. O resultado disso, no processo de luto, é que você plastifica a pessoa: ela não sente dor, nem tristeza e nem mesmo alegria. Desta forma, ela não consegue se transformar neste processo. Pois, para a cura ser efetiva, se faz necessário a vivência deste processo: ficar triste faz parte do processo de aceitação. Se você não experimenta a tristeza, saiba que alguma coisa está errada com você!", explica a especialista.       

 

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