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Sandra Cabral: cotidiano e resiliência

A cultura consumista e o apelo do uso de remédios que ‘anestesiam’ os sentidos auxiliam no afastamento de si mesmo.
Bruno Torres
29/04/15

Traumas graves podem gerar cisões no ego. De acordo com a psicanalista Sandra Cabral, essa separação (ou clivagem) é uma forma de defesa mental: uma parte do “eu” sofre, enquanto a outra se mantém operacional. Para a especialista, esse fenômeno é intensificado pela cultura consumista e pelo uso de remédios que anestesiam os sentidos. “Eu penso que a palavra importante é escolha – a possibilidade de negociação e de enfrentamento. Nós temos que ter muito cuidado em relação a resiliência, pois ela pode servir para outro lado. Se você começa a trabalhar com a ideia de superação, característica da personalidade, processo individual – você se afasta da possibilidade de conexão e produção de experiências que irão privilegiar a singularidade, a tensão dos confrontos e das relações e de produzir coisas novas”, pondera a psicanalista.

Foto: ands78 / Flickr / CC BY 2.0

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