Tomar sol é uma atividade essencial para a manutenção da vida e do bom humor. Porém, sempre que perguntam se o bronzeamento faz mal, pergunte se a melancia faz mal. Tudo em excesso faz mal, até uma inocente melancia. Quer conhecer os benefícios e os riscos do bronzeamento para a saúde? Confira o artigo a seguir.
Diversos estudos já demonstraram o poder que a luz solar exerce sobre o ser humano, sobre o relógio biológico e sobre o prazer de estar na Terra. Além disso, o sol também é essencial para a produção da vitamina D, muito famosa nas revistas de saúde. Mas isso não quer dizer que estamos com carta branca para exagerar no bronzeamento e torrar o DNA da nossa pele e dos nossos olhos.
Se a pele bronzeou, podemos garantir que houve algum dano nas células. O excesso de raios do sol pode causar alterações no DNA das células que geram mutações. Também pode alterar as fibras colágenas e elásticas da pele e gerar substâncias que desencadeiam o estresse oxidativo na pele.
Quando o queratinócito (célula da pele) percebe toda essa confusão, é criado um capuz que fica logo acima do seu núcleo, protegendo o DNA de mais danos. Esse capuz é feito de melanina, tinta que dá cor a nossa pele. Ou seja, o que enxergamos na pele após o bronzeamento são milhões de células encapuzadas se protegendo do sol.
Pessoas que se bronzeiam com facilidade costumam ser mais resistentes ao desenvolvimento de cânceres da pele. Pessoas que não conseguem se bronzear também. Porém elas aprendem desde pequenas a fugir do sol por sentirem as fortes dores das queimaduras solares, mesmo quando expostas por pouco tempo.
Os problemas são aqueles que teimam em ficar torrando, esperando horas até conseguir a cor desejada, ou que se empolgam em atividades ao ar livre e não percebem que a pele já não aguenta mais.
Muitas queimaduras solares com bolhas, ao longo da vida, aumentam a chance de o indivíduo desenvolver o melanoma, um tipo de câncer de pele que pode ser fatal se não for identificado cedo.
A orientação na hora do bronzeamento é sempre o bom senso. Tomar um sol enquanto faz um esporte com amigos não é apenas saudável para o corpo, mas também para a mente. Sol é vida, é energia, é uma grande influência positiva na vida da Terra.
Porém, é importante que cada pessoa conheça a sensibilidade de sua pele e procure ajustar o seu tempo de exposição. Não há necessidade de ficar um pimentão, não há necessidade de o bronzeado mudar completamente a cor da sua pele. Não há necessidade de descascar como uma cobra ou torrar em uma máquina para mudar de cor.
Aproveite de forma equilibrada o pacote completo que inclui sol, ar livre, praia, piscina, amigos, exercícios e natureza – com equilíbrio, sem exageros. Certamente os efeitos serão muito positivos para a saúde.
Ter um corpo bronzeado é o desejo de muitas pessoas. A correria do dia a dia ou o tempo nublado atuam, muitas vezes, contra essa vontade. É aí que entram as clínicas de bronzeamento artificial, vendendo uma forma prática e segura de ficar com a cor do verão.
Estudos colocam em xeque, no entanto, essa segurança e revelam que a técnica pode aumentar o risco de câncer de pele e estimular o envelhecimento do tecido por expor o corpo aos raios ultravioletas (UV).
O melanoma é o tipo de câncer de pele mais comum em adultos de 25 a 29 anos e o segundo mais recorrente em adolescentes, segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Ele atinge os melanócitos, células localizadas na epiderme responsáveis pela produção de melanina, ou seja, pela cor da pele.
Seu desenvolvimento é estimulado pela exposição aos raios UV emitidos tanto pelo sol quanto pelas máquinas de bronzeamento. A quantidade de radiação produzida durante uma sessão de bronzeamento artificial é similar a de um banho de sol ou pode ser mais forte.
Desde 2009, quando foram consideradas cancerígenas pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde, o uso de máquinas de bronzeamento foi proibido no Brasil. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) depois que a IARC revelou que as câmaras podem aumentar em 75% o risco de incidência de melanoma.
Nosso país foi o primeiro a assumir essa postura. As câmaras não poderão mais ser utilizadas para fins estéticos, assim como ficam proibidos também importação, recebimento em doação, aluguel ou comercialização desses equipamentos.
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