Slow beauty trata-se de um movimento que surgiu nos Estados Unidos e aos poucos se instala no Brasil como uma resposta para quem quer adotar um estilo de vida mais natural também nos cuidados com a beleza.
Mas antes de falarmos mais sobre o termo, vamos fazer uma breve observação de um comportamento muito comum para adeptos de uma vida mais saudável, veja se você se identifica:
Consciente, você lê todos os rótulos no supermercado e só compra produtos com baixo teor de substâncias artificiais ou nocivas ao organismo. Adotou uma alimentação mais natural, e começou a consumir produtos orgânicos. No entanto, seu nécessaire continua repleta com os mesmos cremes, xampus e maquiagem de sempre. Já pensou que você pode estar passando na pele e nos cabelos produtos que podem prejudicar seu corpo? Talvez esse seja o momento ideal para conhecer mais sobre o movimento slow beauty.
A pele é o maior órgão do corpo humano. E tudo o que passamos nela vai para a nossa corrente sanguínea. Os cosméticos, por exemplo, estão repletos de componentes tóxicos. Mas dá para mudar isso, basta embarcar no slow beauty.
Preocupados com o ritmo de vida acelerado e o consumo desenfreado, profissionais ligados aos spas e à vida orgânica passaram a procurar maneiras de usar as rotinas de beleza para reconectar as pessoas com sua essência interior. Assim, ao mesmo tempo, a sustentabilidade das comunidades locais e do meio ambiente é garantida.
A empresária Renata Esteves, uma das divulgadoras da tendência por aqui, explica: “O Slow beauty representa um retorno às origens, um resgate de como as nossas ancestrais cuidavam da beleza. Isso porque ele busca o uso de ingredientes vegetais na forma mais pura possível, mais próxima de como são encontrados na natureza. Além disso, busca o uso de cosméticos naturais, provenientes do comércio justo, feitos sem crueldade animal”.
A adoção do slow beauty não implica em deixar de lado os cuidados com a beleza, em ficar desleixada. A ideia é desacelerar e mudar para o cuidado com o equilíbrio do corpo. Ou seja, fugir de cosméticos com fórmulas carregadas de química. No último século a indústria da beleza ficou centrada em produtos com ênfase em mudar a nós mesmos. Em esconder os sinais do envelhecimento e fazer reparos rápidos.
Mais do que melhorar nossa aparência, os objetivos principais são esconder os sinais do tempo, mascarando-os. Acabamos nos “vendendo” para o desempenho dos produtos que cuidam da beleza plástica exterior a qualquer custo. Assim, não levamos em conta como podem afetar não só nosso corpo como a mente. Passamos então, a buscar apenas o que é o padrão de beleza vigente.
O slow beauty contraria essa tendência e propõe um novo olhar para a beleza interior. Assim, o estilo de vida adota tradições antigas de forma a revigorar o cuidado interno e irradiar uma beleza exterior. Ao melhorar nossa alimentação, por exemplo, os reflexos ficam visíveis em nossa pele, nas unhas e nos cabelos.
Ao desacelerar as rotinas ganha-se mais consciência do processo natural de envelhecimento. Dessa forma, os rituais de beleza deixam de ser uma guerra contra os sinais do tempo e se transformam em uma celebração da qualidade de vida que alcançamos.
Ou seja, ganhamos consciência de que aquela olheira, por exemplo, é sinal de que tivemos pouco descanso. Ou ainda, de que a unha quebradiça é sinal de que pode faltar algum nutriente em nossa alimentação.
A beleza é muito mais do que maquiagem e pele, é também um estado de equilíbrio. Por isso, a alimentação é tão importante nessa busca pelo belo. Mas o que você encontra na geladeira não precisa apenas ser ingerido. Afinal, pode também ser aplicado sobre a pele e os cabelos. Entram em cena as universais rodelas de pepino gelado para tirar as olheiras e as máscaras caseiras de frutas e legumes para a pele e os cabelos, por exemplo.
Não basta, entretanto, aderir ao slow beauty, abrir a geladeira ou o cesto de frutas e sair usando qualquer coisa. “É preciso ter cuidado com o uso de qualquer planta, óleo ou produto, principalmente os óleos essenciais. Isso porque eles são extremamente concentrados e devem ser usados com muita parcimônia”, alerta Esteves
Esteves ainda explica que eles devem estar em uma concentração e diluição adequadas para uso humano. Ainda, que não é porque é natural que não possa provocar alergias e seja sempre seguro. “É preciso ter bom senso e fazer teste de contato antes de aplicar numa superfície maior na pele”, alerta Esteves.
Ela também diz que, geralmente não há problema algum em usar um óleo vegetal puro, como de coco, amêndoas ou rosa mosqueta, por exemplo. Contudo, desde que não seja misturado com outras substâncias como óleo mineral e perfumes (formados por um coquetel de substâncias). “Leiam sempre os rótulos!”
A bióloga e cientista brasileira Bianca Marigliani fala sobre as mudanças positivas na produção dos cosméticos e o fim da realização de testes em animais. A sua pesquisa consiste em substituir não só os testes em animais, mas os produtos de origem animal que são usados nesses testes. Confira a entrevista completa:
Agora que você já conhece mais sobre o slow beauty, que tal conhecer o curso cosméticos naturais e veganos – Produtos para a pele do Namu? Divididos em 11 aulas, o curso ensina a fazer cosméticos 100% naturais, veganos e biodegradáveis. Além disso, também instrui o aluno a fazer escolhas mais conscientes.