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Musicoterapia

O que é

A Musicoterapia define-se como a utilização da música e/ou de seus elementos, tais como som, ritmo, melodia e harmonia com a finalidade de facilitar a comunicação, o aprendizado, o relacionamento, a expressão e a organização, dentre outros, trazendo benefícios físicos, mentais, emocionais, sociais e cognitivos. O uso da música, neste caso, é prescrita e estruturada na direção de ajudar pessoas com questões emocionais, de comportamento ou dificuldades físicas. É uma ciência da medicina em desenvolvimento que favorece o equilíbrio entre a mente, o corpo e o objeto externo através dos recursos musicais, sendo a música utilizada como um instrumento que favorece o processo ao qual o indivíduo está inserido. Esta definição contem cinco elementos-chave que devem ser considerados:
A Musicoterapia é prescrita: é muito comum musicoterapeutas trabalharem em equipes multidisciplinares e, portanto, a Musicoterapia surge como uma das etapas do tratamento, sendo prescrita por um outro profissional e utilizada em conjunto com outras técnicas. Ainda que não faça parte de um plano relacionado à saúde física, vale ressaltar que a Musicoterapia não se trata de uma brincadeira ou diversão e que, portanto, faz parte normalmente de um conjunto de atividades a serem realizadas em prol de trazer melhoras em algum plano físico ou emocional.
A Musicoterapia envolve o uso da música ou outras atividades musicais: apesar de parecer óbvio, esta premissa deve sempre ser lembrada, pois é o grande diferencial de outras terapias. O contato é feito através da música e, uma vez estabelecido, as funções do cliente são estimuladas com outras experiências musicais previamente selecionadas para ele.
Musicoterapia é dirigida ou supervisionada por um especialista devidamente treinado: o musicoterapeuta irá determinar a sequencia terapêutica a ser abordada de acordo com uma base em conhecimentos terapêuticos a respeito do efeito da música no comportamento humano e nos pontos fortes do cliente. Pode ser usada na área clínica, hospitalar, institucional, empresarial, educacional, psicoacústica, pesquisa ou outros.
A Musicoterapia é recebida por um cliente: é importante ressaltar que o método só existe porque é direcionado a alguém.
As atividades da Musicoterapia têm objetivos terapêuticos definidos: esses objetivos são os propósitos da atividade, que ajudarão a observar as mudanças ocorridas no cliente, física, emocional ou psicologicamente falando. Simultaneamente, o cliente adquire ferramentas musicais, ainda que este não seja o foco do tratamento.
Pode ser usada na área clínica, hospitalar, institucional, empresarial, educacional, psicoacústica, pesquisa ou outros, podendo trazer benefícios biológicos e psicológicos tais como:
Incrementar ou diminuir a energia muscular, de acordo com o ritmo imposto;
Acelerar ou alterar a regularidade do ritmo respiratório;
Produzir efeito marcado ou variável na pulsação, pressão sanguínea e função endócrina;
Diminuir o impacto dos estímulos sensoriais;
Reduzir ou retarda a fadiga;
Aumentar a atividade voluntária;
Propiciar mudanças nos traçados elétricos;
Promover mudanças no metabolismo e na biossíntese de processos enzimáticos
Poder facilitar a autoexpressão, autoestima, autoimagem, interação social comunicação, catarse, memórias, emoções e sensações difíceis de serem expressas verbalmente.
A música, em Musicoterapia, é entendida como um som, uma célula rítmica, um ruído ou qualquer coisa que produza som de forma significativa para o cliente. O propósito não é estético, mas sim aquele em que se permite expressar e compor. O fazer musical é o foco e, portanto, não é necessário ter experiência em musica para ser musicoterapeutizado e a sua utilização é recomendada em qualquer diagnóstica, com exceção da epilepsia musicogênica (embora hajam estudos que trazem resultados positivos neste campo).

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Caramujo, A.M. Calatonia e Musicoterapia: a doença e a reabilitação no caminho da individuação.

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