A pintura é uma das formas mais antigas que o ser humano encontrou para externar sentimentos e ideias. Os elementos de formas, linhas, cores, tons e texturas dessa linguagem são empregados de diversas maneiras para produzir sensações de volume, espaço, movimento e luz sobre uma superfície.
No âmbito da arteterapia, a pintura se destaca como trabalho de autoconhecimento e compreensão. A ideia é produzir trabalhos artísticos que reflitam as emoções, sentimentos e sensações de quem produziu a obra. A atividade deixa de lado o conceito estético da pintura e leva em consideração aquilo que o paciente deseja expressar pela escolha das formas e cores que o artista utiliza em seu trabalho. Assim, é possível dizer que a pintura aplicada à arteterapia funciona como uma ferramenta que possibilita expressar aquilo que não conseguimos fazer somente pela fala.
A técnica começou a ser utilizada integrada aos tratamentos psicológicos na década de 20, quando o filósofo alemão Rudolf Steiner (1862-1925), em parceria com a médica alemã Ita Wegmann (1876-1943), passaram a utilizar a pintura como tratamento complementar de doenças. No Brasil, a técnica de pintura como forma de terapia ganhou notoriedade no ano de 1986, com a enfermeira e fisioterapeuta Ada Jens.
Com o apoio da Sociedade Brasileira de Medicina Antroposófica (SBMA) e da Associação Beneficente Tobias (ABT), Ada começou o curso de formação dos primeiros terapeutas artísticos brasileiros em 1992, no Centro Paulus de Estudo Goetheanísticos, em Parelheiros, no estado de São Paulo.
SAB – Sociedade Antroposófica no Brasil
http://www.sab.org.br/portal/medicinaeterapias/139-terapia-artistica
ABMA – Associação Brasileira de Medicina Antroposófica