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Medicina Integrativa

Avanços no combate à paralisia

Cientistas estudam proteína utilizada para restaurar neurônios e reverter lesões na medula espinhal
Bruno Torres
27/09/19

Um estudo realizado por cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Tufts, em Massachusetts, no Estados Unidos, pode ser o primeiro passo no combate à paralisia, que é causada por doenças ou lesões traumáticas que danificam ou separam neurônios sensoriais e motores. Atualmente, não há tratamento médico para a regeneração ou a reparação de neurônios. Em razão disso, hoje, os problemas referentes à paralisia tendem a ser permanentes.

A pesquisa analisou a conexão de fibras nervosas com seu local de origem no tronco cerebral e na medula espinhal e constatou que uma proteína conhecida como artemin possibilita a regeneração do sistema nervoso central e, com isso, o movimento das áreas afetadas pela paralisia.

Os estudiosos fizeram lesões propositais em ratos adultos na região da raiz dorsal, local onde passa o principal feixe de fibras nervosas, conjunto de axônios responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos ao cérebro e trataram a lesão com a proteína artemin.

Tratamento

Duas semanas após o tratamento, ele verificaram regenerações dos axônios para o tronco cerebral, o que impulsionou a reconexão e emissão de sinais elétricos em uma distância de quatro centímetros. Até então, não tinha sido confirmado uma regeneração a uma distância tão significativa. Segundo o estudo, mesmo que tenha acontecido em duas semanas, serão necessários mais de três meses de tratamento para restabelecer os axônios.

A artemin é uma proteína conhecida na comunidade científica por seu potencial restaurador de neurônios e promotor da conexão dos axônios entre três e quatro centímetros de distância de sua região original. Tal ação foi capaz de reverter a lesão medular e proporcionar movimentos em locais anteriormente paralisados. Ela não apenas estimula a conexão dos axônios, como promove a regeneração funcional do tronco cerebral.

Mesmo com o avanço das pesquisas, seu efeito não atinge todos os canais que permitem a conexão das fibras nervosas presentes na medula espinhal. É importante ressaltar que o estudo foi realizado em animais e que os pesquisadores estudam a possibilidade de fazer o mesmo em seres humanos. A capacidade da artemin promover a regeneração funcional é uma esperança para quem sofre com paralisia, principalmente porque ela se mostrou capaz de restabelecer os neurônios sensoriais a retomar algumas de suas funções.

Veja a pesquisa completa: Artemin promotes functional long-distance axonal regeneration to the brainstem after dorsal root crush


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