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Medicina Integrativa

É zika: conheça o novo vírus transmitido pelo Aedes aegypt

Com mais de 1.200 casos registrados no Brasil, o desafio agora é entender a relação entre a doença e os casos de microcefalia em recém-nascidos
Bruno Torres
27/09/19

Além da epidemia de dengue que está em curso e do crescente número de infectados pelo vírus chikungunya, o Brasil agora se depara com uma nova ameaça: o zika vírus. Todos os três são classificados como flavivírus e são transmitidos pelo mesmo hospedeiro, o mosquito Aedes aegypti. Neste ano, já há 1.248 casos suspeitos em 311 municípios de 14 Estados, de acordo o Ministério da Saúde.

Antes a preocupação principal era a dengue, mas com o surto ganharam destaque os casos de microcefalia, problema que restringe o crescimento do crânio dos bebês a uma medida menor do que 33 centímetros e compromete o desenvolvimento cerebral. Só em 2015, foram registrados 141 casos em Pernambuco, fato que levantou a suspeita da relação entre o vírus e os casos de má-formação fetal.

Os sintomas dessa nova doença são febre baixa, olhos vermelhos sem secreção e sem coceira, dores nas articulações e erupção cutânea com pontos brancos e vermelhos (que coçam muito), além de dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. Segundo o ministério, o zika vírus tem evolução benigna e sintomas mais brandos do que a dengue e o chikungunya​.

O vírus foi isolado pela primeira vez em 1947, a partir de amostras de macacos utilizados como sentinelas para detecção de febre amarela, na floresta Zika, em Uganda. Nas Américas, o zika vírus somente foi identificado em 2014, na Ilha de Páscoa. Também foram descritos casos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália.

Prevenção

As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, já que não estão disponíveis até o momento nenhuma vacina ou drogas antivirais. 

Para o médico homeopata Renan Marino, professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto e estudioso do vírus da dengue, a única maneira sustentável de diminuir os casos de vírus transmitidos pelo Aedes aegypti é a conscientização. “As pessoas precisam se educar para reservar 10 minutos uma vez por semana para fazer a faxina do quintal e limpar os focos do mosquito. É necessário fazer um trabalho contínuo o ano inteiro, não dá pra deixar isso na mão dos agentes de saúde apenas. Cerca de 80% dos ovos do Aedes estão dentro das casas, é lá que o trabalho tem que ser feito”, explica.

Tratamento

O tratamento da febre zika é sintomático e as manifestações clínicas são leves. Não há, até o momento, nenhum registro de morte causado pelo vírus. A orientação de tratamento do Ministério para o controle dos sintomas, no entanto, é alvo de críticas contundentes. Para Marino, a indicação de paracetamol constitui um grave equívoco.

“Apesar do zika vírus apresentar um quadro mais brando, temos que considerar que estamos lidando com um flavivírus da mesma família da febre amarela e da hepatite C. Todos eles são extremamente hepatotrópicos, em que o principal órgão afetado é o fígado. Uma vez tratados com paracetamol, esses pacientes estão sujeitos a quadros graves, hemorrágicos e muitas vezes fatais”, alerta o médico. 


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