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Saúde

Estar cansado não depende só do sono

Entenda os motivos que levam ao esgotamento e como evitá-lo por meio de hábitos saudáveis e mudanças de comportamento
Bruno Torres
27/09/19

Parece uma unanimidade. Hoje em dia, é muito comum ouvir queixas de cansaço na rotina das pessoas. Muita gente se pergunta: como isso acontece até quando dormimos bem? Justamente porque o sono não é o único fator que determina a disposição.

Segundo o médico homeopata Milton Takeuti, o cansaço é, na verdade, a manifestação de uma falta de energia das células, a qual pode ser causada por deficiência de nutrientes ou por ausência de um controle adequado na produção do ATP (adenosina trifosfato), a molécula responsável por essa energia.

“Dessa forma, tudo que interfere nesse mecanismo de produzir energia pode levar ao cansaço”, esclarece.

O sono é, portanto, apenas um dos fatores que nos ajuda a combater o cansaço. Para acabar de vez com ele, devemos adequar nossos hábitos. É possível fazer os dias renderem mais e sentir muito mais disposição em todas as atividades ao adotar comportamentos mais saudáveis.

Seis motivos para o cansaço excessivo

Em entrevista exclusiva ao Portal NAMU, Takeuti lista seis dos principais comportamentos que levam ao cansaço:

1. Falta de sono adequado – “Não dormir as horas necessárias, ou ter má qualidade do sono, prejudica a recuperação do organismo”;

2. Excesso de atividade física – “Associado à falta de repouso e alimentação inadequada, ele pode levar ao colapso energético do organismo”;

3. Alimentação inadequada – “Uma alimentação balanceada, composta por macro e micronutrientes em quantidades apropriadas, em porções divididas de três em três horas e hidratação de no mínimo 1,5 litro de água ao dia fornece os nutrientes necessários para evitar o cansaço”;

4. Excesso de estimulantes – “Café, chá mate e energético podem levar a um aumento crônico na produção de adrenalina do corpo”;

5. Doenças crônicas – "Às vezes, antes de manifestar sintomas mais evidentes, essas doenças podem se iniciar com cansaço persistente. Nesse caso, uma avaliação médica é sempre importante”;

6. Estresse excessivo “A adrenalina liberada em situações de estresse crônico leva ao desequilíbrio hormonal e de neurotransmissores, o que prejudica uma série de vias metabólicas responsáveis pela produção do ATP".

Takeuti também se atenta ao fato de que o estresse, muita vez, não é causado por fatores externos, mas sim pela forma como encaramos esses fatores no nosso cotidiano.

Quatro síndromes ligadas ao cansaço excessivo

A fisioterapeuta especialista em terapias complementares integrativas Mônica Porto explica que a recorrência de queixas de cansaço excessivo pode estar ligada a vários síndromes. Nesse caso, o cansaço é apenas um sintoma.

“Essas síndromes sugam toda a energia da pessoa, geram fadiga, frustrações e críticas diárias. Isso leva a um alto estresse físico, mental e emocional”, conta.

Porto listou alguns dos principais acometimentos que surgem causados pelo cansaço e fazem com que ele se mantenha cada vez mais intenso:

1. Síndrome da fadiga crônica – “Patologia sem causa definida que leva a um cansaço extremo. Seus fatores vão desde uma baixa imunidade até estresse psicológico, o que bloqueia a performance diária do indivíduo”;

2. Síndrome de burnout – “Outra patologia que causa fadiga excessiva ligada, principalmente, ao estresse no trabalho, à cobrança diária e ao tempo limitado para cumprimento de prazos. Isso gera um desgaste físico e emocional nocivo, pois faz com que a pessoa não delegue tarefas e não confie em nenhuma outra pessoa por achar que ninguém conseguiria executar as tarefas tão bem quanto ela mesma”;

3. Síndrome do pensamento acelerado – “É aquele em que a pessoa não ‘desliga’ o seu cérebro em nenhum momento, prende-se no que esta para acontecer e não consegue concluir nada. Isso gera ansiedade e fadiga nocivas”;

4. Síndrome de FOBO ou fear of being off (medo de ficar desconectado) – “É a síndrome das pessoas que ficam conectadas o dia todo em todas as redes sociais seja para trabalho ou bate-papo etc. Dormem, comem, trabalham com seus equipamentos ligados e entram em pânico caso se desconectem por alguns segundos”.

Para quem se identificou com alguns desses sintomas, não se desespere. Segundo a fisioterapeuta, existem tratamentos e até clínicas de reabilitação para esses problemas, como no caso da Síndrome de FOBO.

“Esse estar plugado todo o tempo gera fadiga, pois as pessoas não conseguem cumprir suas tarefas e nem dar atenção à família”, justifica Porto.

Contudo, antes de pensar em reabilitação, outras medidas podem ser tomadas para relaxar.

“O relaxamento pode ser simplesmente se desconectar em alguns momentos do dia. Fazer meditação, cantar, dançar, conversar com as pessoas olho no olho, caminhar, praticar uma atividade prazerosa ou dormir profundamente”, sugere.

Para Porto, as pessoas precisam urgentemente procurar meios de relaxarem e se conectarem consigo mesmas.

Foto: Andrew Roberts/ Flickr: andrewr/ CC BY 2.0


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