Você está insatisfeito com a sua qualidade de vida no trabalho? Saiba que não está sozinho. O problema não é com você, mas sim com a sociedade e com o modelo econômico no qual estamos.
Vivemos, atualmente, um grande desafio: conciliar a constante luta pela sobrevivência das organizações e o grande desgaste e estresse impingidos aos trabalhadores que nelas atuam.4
Após sucessivos processos de reestruturação e reengenharia que marcaram toda a década de 1990, nota-se que as pessoas têm trabalhado cada vez mais e dedicado pouco tempo para si.7
O filósofo irlandês Charles Handy, com base nessa realidade, declarou que “o problema começou quando transformamos o tempo em uma mercadoria, quando compramos o tempo das pessoas em nossas empresas em vez de comprar a produção.”
“Quanto mais tempo você vende, nessas condições, mais dinheiro fará. Então, há uma troca inevitável entre o tempo e o dinheiro”,2, continua Handy.
Neste artigo especial, vamos discutir o conceito de qualidade de vida no trabalho (QVT), seus enfoques e desafios em uma sociedade que não para de crescer - e trabalhar.
Juntamente com as ações de gestão de qualidade de processos e produtos e a evolução da consciência social e do direito à saúde, reforçadas pela necessidade de mudança de estilo de vida, multiplicam-se estudos, práticas e esforços gerenciais para a qualidade pessoal.
A convergência entre os interesses empresariais e o foco na dimensão humana no trabalho originou o conceito de gestão da qualidade de vida no trabalho (QVT).
A gestão de qualidade de vida no trabalho é definida como “a capacidade de administrar o conjunto das ações, incluindo diagnóstico, implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho alinhada e construída na cultura organizacional, com prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organização”.5
A competência da gestão de qualidade de vida no trabalho (QVT) surge não apenas para elevar o índice de satisfação e motivação do cliente interno, mas como instrumento para a tomada de decisão empresarial. Além de apoio às áreas empresariais para incorporar revoluções conceituais, ideias inovadoras e novas formas de administrar a empresa.
A gestão de qualidade de vida empresarial é empregada ainda para auxiliar a integração comunitária e organizacional do trabalho, tendo o bem-estar individual e coletivo como resultado.
Para Silva e de Marchi6, a adoção de programas de qualidade de vida no trabalho (QVT) e de promoção da saúde proporcionaria ao indivíduo:
Com isso, as empresas são beneficiadas com uma força de trabalho mais saudável, com maior produtividade e melhor ambiente de trabalho.
O principal obstáculo para a implantação desses programas de qualidade de vida no trabalho (QVT) é a falta de importância estratégica e a baixa relevância financeira. Isso porque são erroneamente vistos como despesas e não como investimentos, segundo afirma Limongi-França e Assis.3
Além disso, os programas empresariais de qualidade de vida corporativa devem acompanhar os paradigmas, valores e demandas atuais da sociedade.
Para os autores citados anteriormente, as ciências da saúde têm buscado, por meio de avanços biomédicos, não apenas atuar sobre o controle de doenças, mas proporcionar maior expectativa de vida e preservar a integridade física, mental e social do ser humano.
Nesse sentido, toda atuação na área da saúde deve reintegrar as dimensões pessoais, sociais, físicas e psicológicas:
Essas dimensões associadas a outras ciências, como ecologia, ergonomia, sociologia, economia, administração, engenharia, educação física, permitem a criação de equipes voltadas ao programa de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT).
Entretanto, ainda existam dois grandes desafios: o interesse das corporações no investimento desse tipo de projeto e a consciência e priorização do trabalhador em relação à sua própria saúde.
Conforme diz Leonardo Boff1, o grande desafio para o ser humano é combinar trabalho com cuidado. Eles não se opõem, mas se compõem. Limitam-se mutuamente e ao mesmo tempo se completam.
Juntos, estes conceitos constituem a integralidade da experiência humana ligada à materialidade e à espiritualidade. O equívoco consiste em opor uma dimensão à outra e não vê-las como modos de ser do ser humano.
Ainda bem que, quando se trata de qualidade de vida no trabalho, muitos empresários têm uma visão dirigida ao bem-estar de seus funcionários e sabe que ela pode trazer benefícios diretos a empresa. Outros, além disso, possuem uma noção mais pragmática ao tornar tais programas uma realidade e gerar um movimento que seja útil aos dois lados.
Para atender a esse público, Saulo Bosco criou o projeto de yoga corporativa. Todos os dias, por uma hora e meia, Saulo ministra atividades voltadas a aliviar distúrbios por meio de pequenas séries de posturas que aliviam alguns problemas, como dor de cabeça, ansiedade, depressão, sinusite etc.
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