A crise hídrica no Brasil tem levado diversos habitantes a comprar água mineral engarrafada para utilizar tanto no consumo como na preparação de alimentos. E embora pareça até uma alternativa saudável, você sabia é preciso estar de olho nos rótulos das garrafas para escolher a melhor composição? É o que o ensinamos neste artigo, acompanhe.
Por definição do Código de Águas Minerais (decreto-lei 7.841 de 8 de agosto de 1945), as “águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas. Além disso, devem possuir composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa."
Como a água mineral é, normalmente, captada diretamente de fontes naturais, ela não tem sempre a mesma composição. Isso porque "pode existir diferença nos elementos que elas têm dissolvidos, já que eles variam de acordo com o solo da região do qual ela vem”, explica o professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, José Luiz Mucci, especialista em qualidade da água e educação ambiental.
Isso significa que sais minerais tais como sódio, cálcio, magnésio, ferro, flúor poderão ser encontrados em menor ou maior concentração em águas minerais de fontes diferentes.
Embora na maioria dos casos esses sais minerais e nutrientes sejam benéficos à saúde, “algumas águas possuem quantidade excessiva de sais, o que limita seu uso e não se recomenda no cotidiano”, alerta a médica nutróloga Luiza Savietto.
Esse é o primeiro cuidado que indivíduos que sofrem com hipertensão, doenças cardiovasculares e renais precisam ter na hora de comprar água mineral para consumo: a concentração de sódio na água.
Isso porque segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), adultos saudáveis (16 anos ou mais) devem limitar a ingestão de sódio em menos de 2 gramas (ou menos de 5 gramas de sal) por dia.
Enquanto isso, pessoas portadoras de doenças cardiovasculares crônicas devem ingerir quantidade inferior a esse limite. Isso porque o sódio é capaz de elevar a pressão arterial e causar outros problemas à saúde.
Por conta desse perigo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou em 2005 uma resolução. Ela determina águas minerais com mais de 200 mg/l de sódio devam destacar em seus rótulos a informação: “contém sódio”.
Além do teor de sódio, o potencial hidrogeniônico (pH) também deve ser observado na escolha da água mineral. Isso porque o pH é uma escala numérica com valores entre 0 e 14, que indica se uma solução é ácida, básica ou neutra.
Se o nível medido for entre 0 e 6, a solução é ácida; se for 7 é neutra. Já acima desse valor, é básica (que pode ser chamada de alcalina). Para Savietto, o recomendado é escolher uma água mineral neutra tendendo para alcalina, ou seja, com pH de 7 a 10 aproximadamente.
Segundo a médica, o consumo regular de água mineral não traz nenhuma consequência negativa para o organismo de pessoas saudáveis. “Contudo, convém ficar atento sempre às reações físicas, pois cada indivíduo pode manifestar uma reação própria”, alerta Savietto.
Quanto à escolha da melhor água mineral, além de redobrar a atenção para os índices de sódio e pH, é sempre importante comprar o produto de marcas e lugares confiáveis no mercado.
O professor José Luiz Mucci, da Faculdade de Saúde Pública da USP, alerta para o fato de que a água é fiscalizada apenas quando sai da fonte por um órgão do Ministério da Saúde. Depois disso, ela é engarrafada e deve ser armazenada em local fresco e arejado. Isso evita que a exposição ao sol não interfira no gosto do produto.
Entretanto, há quem tente enganar o consumidor. “É possível colocar qualquer água no galão de água mineral, lacrá-lo e vendê-lo como se fosse de determinada marca. O problema é mais fácil de acontecer quando você compra de distribuidores e pequenos comerciantes”, alerta o professor.
“Forma de se precaver? Infelizmente, só comprando de um local que você confia. Pode ser do supermercado ou de uma loja de varejo de certo nome”, conclui.
As propriedades medicinais pelas quais as águas com sais são conhecidas dependem da concentração do tipo de mineral na solução. Confira a seguir os diferentes tipos de águas minerais e seus benefícios para a saúde:
Indicada para problemas articulares, do aparelho digestivo e doenças de pele. É também cicatrizante;
Ajuda a combater a anemia e estimula o apetite. É indicada também para a parasitose
Eficaz contra a hipertensão arterial, repõe energia e é também diurética e digestiva
Ajuda a dissolver cálculos renais, favorece a digestão, alivia cólicas estomacais e intestinais. Também atua como calmante
É digestiva e diurética. Auxilia no tratamento de úlceras e esofagite
Laxante, contribui para o bom funcionamento do estômago e do intestino. Em excesso pode provocar diarreia
Reduz o apetite e auxilia na hidratação da pele
Apropriada para inflamações de faringe, insuficiência da tireoide, reumatismo e problemas no fígado e nos rins;
Auxilia na depuração do ácido úrico. Também é calmante devido ao efeito sedativo do lítio
Ajuda a repor deficiências de cálcio no corpo;
Indicadas para moléstias gastrointestinais e gastrites.
Fonte: ABINAM – Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais
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