Eles levaram apenas 28 horas para criar um aplicativo que pode ajudar a melhorar muito o trânsito caótico e ensinar bons modos aos motoristas de São Paulo. Vencedores da Hackatona, uma maratona de criadores de apps, a Equipe Mil Diálogos recebeu R$ 10 mil pelo primeiro lugar do concurso. No total, 40 equipes participaram da maratona hacker organizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em parceria com a Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP).
Anote a placa
O programa vencedor chama-se Como estou dirigindo?. A ideia é oferecer uma ferramenta capaz de avaliar como condutores e pedestres estão se comportando no trânsito. Para participar dessa nova rede social, que tem espírito de jogo, é preciso apenas se cadastrar no app. Lá, a pessoa poderá criticar outros motoristas ao adicionar a placa do veículo, o modelo e dizer o que foi que o condutor fez de errado.
O app oferecerá #hashtags pré-selecionadas. Elas também vão servir como advertências simbólicas.
Mas nem tudo será crítica. Os bons motoristas poderão ser elogiados. Quanto mais responsável o condutor se tornar dentro do ambiente do jogo, maior será seu poder de influência. Com isso, o programa pretende criar uma espécie de legião de pilotos exemplares que poderá ensinar aos barbeiros como dirigir melhor.
Onde pedalar?
A segunda colocação ficou com o time Bem OK, criador do APP Onde Pedalar?, que mostra boas rotas para usar bicicletas em São Paulo. O prêmio foi de R$ 7 mil.
O terceiro lugar foi para o grupo Bad Request. Eles criaram o app transPlot para informar sobre as condições do trânsito e a velocidade média nas vias principais da cidade. O prêmio para essa colocação foi de R$ 5 mil.
Tecnologia para melhorar a mobilidade urbana
Em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e da Fundação USP, que gerenciará bolsas de apoio à pesquisa, com valores de R$ 351,90 a R$ 5.908,80, a Prefeitura Municipal de São Paulo pretende desenvolver soluções tecnológicas para a mobilidade da capital paulista.
O projeto apresentado no dia 21 de março visa padronizar, com protocolos abertos, todas as informações de mobilidade urbana da São Paulo Transportes (SPTrans), da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Secretaria dos Transportes de São Paulo, assim todas podem interagir.
Uma das missões do laboratório será elaborar novos equipamentos de controle do tráfego, que, por exemplo, poderão controlar o tempo e a sincronia dos semáforos. Os softwares proprietários custam em torno de R$ 80 mil cada. Com os protocolos abertos, o preço cai em até 80%.