Amenizar os problemas de mobilidade urbana se tornou uma das principais preocupações para melhorar a vida de quem mora nas grandes cidades.
Pensando nisso, o arquiteto britânico Norman Foster anunciou o novo projeto de seu escritório Foster and Partners para Londres: 220 km de ciclovias suspensas acima das linhas ferroviárias que atravessam o subúrbio da cidade.
Segundo ele, a proposta é uma tentativa de encontrar espaço em uma cidade congestionada. Cada uma das dez rotas previstas seria capaz de acomodar 12 mil ciclistas por hora e diminuir o tempo de viagem em até 29 minutos. As vias principais poderiam ser acessadas através de 200 pontos de entradas.
A via expressa para bicicletas pretende aliviar o caminho dos ciclistas sem que esses tenham que andar espremidos entre carros e ônibus. Porém, há quem acredite que a ideia não soluciona o problema, apenas o ‘empurra’.
Um dos pontos fracos do projeto é que, além do alto custo, ele não questiona a lógica da mobilidade nas cidades, pois não reivindica o espaço urbano que já existe e que prioriza os automóveis. Outra crítica é que a proposta não compreende o comportamento dos ciclistas que utilizam a bicicleta de modo diferente dos motoristas. Por ser um meio de transporte que pode atravessar praças, parar em calçadas e outras facilidades, a bicicleta permite maior interação com a cidade, o que não seria possível com o caminho nas alturas.
O projeto já recebeu apoio de algumas autoridades britânicas e se aprovado, levará cerca de 20 anos para ser concluído.