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Gerais

Falta água potável no mundo

Painel das Nações Unidas prevê escassez de água para beber e inundações cada vez mais frequentes
Bruno Torres
27/09/19
Falta de água potável, secas mais intensas em algumas regiões, inundações e deslizamentos nas cidades, queda da biodiversidade, redução de áreas destinadas ao cultivo de arroz, trigo, milho e café, entre outros. Essas são previsões para o futuro da América do Sul segundo relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (conhecido como IPCC, da sigla em inglês). O estudo avalia impactos da alteração climática, adaptação e vulnerabilidade da Terra. Os resultados se baseiam em mais de 12 mil estudos científicos. O documento é considerado como o mais completo já elaborado sobre o tema. A conclusão é de que a capacidade de adaptação humana está se esgotando. É urgente, portanto, diminuir o aquecimento global e as práticas que o causam. 

Água só na rua

Tempestades e inundações serão cada vez mais frequentes nas regiões tropicais da América do Sul, África e Ásia. Em áreas urbanas mais vulneráveis, enchentes e deslizamentos serão ainda mais comuns. Em contraste, a água potável será um recurso cada vez mais escasso em regiões subtropicais secas. Como consequência, deve haver um aumento pelo controle de bacias hidrográficas.  Segundo um estudo coordenado por Eduardo Amaral Haddad, professor titular do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), e feito por Eliane Teixeira dos Santos, mestranda em teoria econômica, o Estado de São Paulo perdeu cerca de R$ 300 milhões, somente em 2012, em função das inúmeras enchentes que afetaram as cidades paulistanas. Para os pesquisadores da USP, em um período de cinco anos, o Brasil perderá aproximadamente R$ 1 bilhão em razão dos problemas causados pelas fortes chuvas.

Adeus, cafezinho

Algumas culturas como arroz, trigo e milho podem sofrer impacto negativo apenas com a elevação de apenas 1 °C na temperatura e as piores previsões indicam perdas de mais de 25% na produção desses grãos até 2050. Com o crescimento da população, uma menor produção de grãos pode levar a uma crise alimentar global. A alta nos termômetros também pode reduzir as áreas destinadas ao cultivo de café, principalmente, o da variedade arábica, que responde por 70% da demanda global. O Brasil como maior exportador do grão pode ter sua produção reduzida significativamente. Nos estados de São Paulo e Minas Gerais, com um aumento de 3 °C na temperatura global, o potencial de cultivo seria reduzido de 70-75% para 20-25%, diz o IPCC.

Biodiversidade ameaçada

O documento também estima a queda da biodiversidade com a diminuição do número de espécies de plantas e animais. Alguns fatores responsáveis seriam a poluição, o desmatamento e o aumento de espécies invasoras. Uma das únicas notícias consideradas positivas foi a redução da ameaça de savanização da floresta amazônica pelo aumento da temperatura entre 2 °C e 4 °C até 2100, conforme havia sido divulgado pelo próprio IPCC em 2007. No entanto, a preocupação persiste. O bioma pode sofrer graves consequências com fatores como mudanças no regime de chuva, desmatamento e queimadas. De acordo com integrantes do IPCC, os efeitos do aquecimento são sentidos até agora, principalmente, na natureza, porém cada vez mais haverá um impacto sobre a humanidade. As mudanças climáticas irão atingir a saúde, a habitação, a alimentação e a segurança da população no planeta, afirma o relatório.  Foto: D. Sharon Pruitt / Flickr: Pink Sherbet Photography / CC BY 2.0

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