Aderir à coleta seletiva é uma forma de pensar na sustentabilidade como um todo. Além de estimular o consumo consciente e a preservação do meio ambiente, ela também gera empregos e auxilia no reaproveitamento de vários materiais.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, em 2016 apenas 69,6% dos municípios brasileiros contribuíram para a preservação ambiental com iniciativas de coleta seletiva. Porém, esses números ainda podem melhorar, principalmente se você fizer a sua parte em casa!
Confira no artigo de hoje um pouco mais sobre como começar uma coletiva seletiva em casa e os impactos positivos dessa ação!
Segundo estudos do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil é o 4º país que mais produz lixo em todo o mundo. Ao todo, são cerca de 11.355.220 toneladas, sendo que somente 1,28% é reciclada. Sem dúvida, é um número muito abaixo do ideal.
Para auxiliar a aumentar esse número de lixo reciclado, é fundamental entender melhor sobre o que é a coleta seletiva. Na verdade, ela nada mais é do que um sistema em que a recolha do lixo é realizada de forma separada para facilitar sua reciclagem.
A destinação final dos resíduos dependerá da política de cada cidade, mas o processo inicia ainda em casa. O ideal é separar o lixo entre aqueles úmidos, secos, recicláveis e orgânicos. A diferenciação entre papel, alumínio, vidro, entre outros, é uma subdivisão que também pode acontecer.
Isso facilita o reaproveitamento de uma série de materiais. Dessa forma, evita que eles fiquem sem destinação no meio ambiente até sua decomposição, o que pode levar milhares de anos.
No Brasil existe a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que os setores públicos e privados sejam transparentes quanto ao gerenciamento dos seus resíduos.
Graças a essa política, estabelecida pela Lei nº 12.305/10, a responsabilidade pelo descarte do lixo é compartilhada entre todos que participam desde a fabricação até o consumo do produto. Portanto, ela passa pelos fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e até mesmo os serviços públicos de recolhimento.
A PNRS é considerada pelos ambientalistas um marco para a preservação ambiental, já que incentiva o descarte correto do lixo de maneira compartilhada.
Muitas pessoas se perguntam quais são os tipos de coleta seletiva. De fato, há mais de um, pois isso varia conforme cada cidade e a preferência da própria pessoa. Conheça os mais comuns no Brasil:
O principal objeto da coletiva seletiva é evitar que os resíduos se contaminem. Isso otimiza também a reciclagem deles, mas os benefícios pessoais e sociais vão além:
Para quem está perdido e não sabe como iniciar a sua coleta seletiva, a boa notícia é que isso é mais fácil do que parece! O processo exige algumas etapas e, é claro, comprometimento. A seguir você confere dicas para fazer a coleta seletiva se tornar parte da sua rotina.
Se você mora sozinho, essa etapa é diferente, mas caso more com mais pessoas, envolva elas na sua coleta seletiva. Converse com todas e conscientize cada uma sobre a importância de tornar isso um hábito com benefícios para todos.
Você precisa conhecer os seus resíduos antes de separá-los. O ideal é ter um lixo em casa para cada tipo, separando principalmente materiais como o vidro, papelão, orgânicos e plástico.
Após separar um lixo para cada material, informe-se sobre como funciona a coleta seletiva na sua cidade. O ideal é perguntar à prefeitura sobre os dias e horários em que o lixo é recolhido na sua região. Você também pode procurar por cooperativas de catadores ou saber mais sobre o processo no seu condomínio, por exemplo.
Por fim, você deverá lembrar de dar o destino correto ao lixo na coleta seletiva. Mantenha um tipo de resíduo sempre separado do outro evitando contaminação e entregue-os ao caminhão ou em algum posto de coleta.
A compostagem é uma forma de dar novo destino a uma série de resíduos orgânicos, por isso também é importante na hora da coleta seletiva. A partir dessa técnica é possível diminuir o tempo de decomposição orgânica de uma série de materiais e transformá-los em nutrientes para o solo.
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Além disso, através da compostagem também é possível criar uma horta caseira. Com isso, você tem alimentos sempre frescos e o melhor de tudo: saberá exatamente a procedência deles.
Caso você não saiba como iniciar a horta, o curso Hortas Caseiras Agroecológicas do NAMU poderá ser de grande utilidade. Ele é ministrado por Alessandra Nahra Leal, especialista em alimentação, e não exige conhecimentos prévios.
O curso ensinará como reaproveitar os materiais orgânicos e inorgânicos para que eles possam se transformar em novos alimentos. É ideal até mesmo para quem mora em apartamento ou possui um espaço muito pequeno para a compostagem, pois mostra como é fácil o cultivo.
Durante as aulas, a especialista aborda cuidados como irrigação, adubação e colheita, além de ensinar sobre os diferentes tipos de horta e a compostagem. Ou seja, é uma forma de diminuir os seus resíduos, ter uma alimentação mais saudável e ainda contribuir para a preservação ambiental!