São Paulo é palco da Virada Sustentável de 2014. O evento, que vai de 28 de agosto até domingo, dia 31, teve início com uma festa no Centro Cultural Rio Verde, na Vila Madalena, em São Paulo, na noite da última quarta-feira. A comemoração homenageou os ganhadores do Prêmio Virada Sustentável 2014.
O professor de história e membro do conselho geral da UNEAfro Brasil Douglas Belchior, o diretor do Instituto Nação João Nascimento e a cocriadora do Instituto Kairós e do Movimento Boa Praça Cecília Lotufo receberam o prêmio por suas iniciativas. Belchior e Nascimento são dois jovens trabalham em periferias diferentes da capital. Em seus trabalhos eles promovem a inclusão social, o combate ao racismo e a luta pela valorização das tradições afro-brasileiras. Já Lotufo é uma das principais articuladoras dos movimentos que buscam recuperar espaços públicos em São Paulo. O Movimento Boa Praça, por exemplo, realiza mutirões voluntários de plantio e limpeza, reparos de brinquedos e pressiona o poder público para que sejam feitas instalações de iluminação nas praças. Em alguns casos, o Movimento Boa Praça, cria uma nova praça onde antes havia um terreno baldio.
A premiação da Virada contemplou projetos com propostas inovadoras. Diferente da visão habitual sobre a palavra sustentabilidade, o "verde" se apresenta, nesse caso, através do respeito pelos direitos humanos, da inclusão e da redução da desigualdade social no Brasil. A ideia dessa edição da Virada é ampliar os debates em torno do tema sustentabilidade, que também está profundamente vinculado à qualidade de vida, ao combate ao racismo e à luta por mais justiça social. O sonho de todos Espalhadas por vários pontos da metrópole, as mais de 700 atrações que compõem a programação pretendem debater a temática da sustentabilidade de maneira fácil e divertida para mostrar que essa palavra, apesar de grande, não assusta. “Nossa inquietação e motivação inicial para criar o evento é proveniente da visão equivocada das pessoas de que sustentabilidade é algo carregado de culpa e medo”, destaca André Palhano, jornalista e idealizador do movimento. A participação de organizações da sociedade civil, coletivos, órgãos públicos, projetos sociais e interessados na temática fez com que, sobretudo em 2014, a Virada fosse construída por muitas mãos. Esse formato dará ao evento uma cara mais democrática e permitirá que mais pessoas aproveitem os eventos que ocorrerão pela cidade. “Quando comecei a trabalhar com sustentabilidade, eu tinha aquela visão de que isso representava salvar o mico-leão dourado, reciclar o lixo e preservar a natureza”, comenta Palhano. “Meu olhar sobre o assunto se transformou com o tempo. Passei a ter uma visão mais ampla quando descobri que é um universo que também diz respeito às questões sociais da diversidade, à cultura de paz, à cidadania, ao direito a cidade, à redução de desigualdade, e tudo isso faz do tema algo fascinante”.Veja o que rolou na Virada Sustentável
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