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HEGEL

A filosofia hegeliana é antes de tudo uma crítica à filosofia transcendental de Immanuel Kant (1724-1804). Procura aliar ser e pensar em um movimento que é imanente à própria experiência.
A dialética hegeliana é a forma lógica para lidar com a identidade entre pensamento e realidade. Hegel procura o dinamismo dessa relação como movimento e não como uma identidade estática entre sujeito e objeto.
A ideia de movimento leva a filosofia a ser uma ciência da experiência da consciência. Ela é tida como um movimento do espírito (em alemão, Geist), que é também racional, e por isso, um conceito. A dialética é o movimento do conceito ou o percurso do espírito como saber absoluto.
A forma dialética permite ao pensamento elaborar a sucessão no tempo do espírito. Dela decorrem as teorias do Estado, como formação da instituição social no tempo. Ela também é a criado de uma teoria da história, capaz de pensar a própria filosofia inserida nesse percurso do tempo, e uma teoria importante sobre a religião, articulando fé e razão, finito e infinito. Para Hegel, na religião a vida finita ascende ao infinito.

EPICURISMO

O epicurismo é uma doutrina que defende a satisfação moderada do individuo. Foi criada por Epicuro (341-270 a.C.), o qual defendia que a verdadeira felicidade só é atingida quando a pessoa compreende que só será capaz de alcançar o prazer, tanto físico quanto espiritual, quando não sofrer mais com as preocupações da mente e os desiquilíbrios do corpo.
Ele acreditava que a filosofia deveria cuidar do indivíduo como se fosse uma espécie de “medicina da alma”, isto é, ser uma fonte de pensamentos de caráter curativos e libertadores.
O epicurismo defendia uma visão quase que empirista do conhecimento, ou seja, o saber deveria ser sempre produto das nossas percepções e sensações. Isso deveria se somar a uma descrição da natureza baseada no materialismo atomista, e uma visão naturalista da evolução, desde a formação do mundo até o surgimento das sociedades humanas.
Essa linha de pensamento defendia que o conhecimento baseado em um materialismo radical acabava tornando desnecessária qualquer entidade transcendente. Isso, de certa forma, foi um duro golpe às ideias platônicas. Epicuro afirmar ainda que a ansiedade — não o medo da morte — era a principal fonte para os desejos extremos e irracionalismo. Para ele, qualquer angústia relacionada à morte era algo sem sentido. Quando eliminarmos todos os nossos medos, segundo os epicuristas, nós teremos acesso a um mundo onde buscaremos apenas os prazeres (físico e mental) para os quais somos naturalmente atraídos.

ARISTÓTELES

A filosofia de Aristóteles é em geral qualificada como realista. Isso se deve a uma visão sobre o real, na recusa de vê-lo separado de um mundo ideal. A essência das coisas pode ser tida nesse mundo como um pragmata, valorizando, assim, a própria noção de coisa.
O filósofo grego é considerado o fundador da lógica formal (a lógica do silogismo), definida como um raciocínio correto. É por meio desse raciocínio que Aristóteles sistematiza um pensamento sobre a substância do Ser e um raciocínio por causalidade, para então lidar com as contingências do mundo da física, entre a potência e o ato.
A Escola do Liceu engendrou um ambiente de estudos de diversas disciplinas para pensar aspectos da metafísica: os estudos da física, da biologia, das artes e da ética fundaram muitos dos temas pesquisados até os dias de hoje. Assim como a Academia de Platão fundou uma metodologia filosófica através dos diálogos, a Escola do Liceu construiu uma sistematização especializada das disciplinas.
Nas ramificações do pensamento aristotélico, alguns domínios se destacam: o silogismo na lógica; a felicidade na ética, a formulação dos governos no pensamento político, e o estudo da poética nos assuntos das artes.