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Apesar dos grandes avanços tecnológicos, é nos países desenvolvidos que acontece e se mantém um dos mais relevantes paradoxos contemporâneos: o pico histórico da produção de alimentos é proporcional ao desperdício de recursos. Nenhuma das etapas produtivas atuais está isenta de desperdício. É nessas horas que a sociedade tem que cumprir o próprio papel, e uma das formas de diminuir esse impacto é saber como reaproveitar os alimentos.
O ciclo da criação do lixo começa na produção, passa pela colheita, pela inadequação das embalagens, amplia-se nos processos de escoamento, armazenamento, distribuição e consumo final. O volume desperdiçado aumenta exponencialmente com a desinformação sobre a utilização integral dos alimentos e com possibilidade de reaproveitamento do excedente.
Para se ter uma ideia, o relatório “Perdas alimentares globais e desperdício alimentar", publicado em 2014 pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), estima que 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são perdidos por ano. No Brasil, 40 mil toneladas vão para o lixo todos os dias.
Infelizmente, toda a sociedade contribuí para isso. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que essa montanha de alimentos é jogada fora, 850 milhões de pessoas sofrem de desnutrição no mundo segundo estudo da FAO.
Quando nos referimos, em tom de brincadeira, ao reaproveitamento de comida como “resto de ontem”, tentamos mascarar uma vergonha que não tem fundamento. Reutilizar todos os recursos disponíveis de uma forma geral é uma maneira correta e sustentável para garantir nossa existência.
Uma boa alternativa para mudar essa situação de desperdício é reaproveitar partes dos alimentos, que geralmente seriam descartadas, para fazer pratos deliciosos. Que tal parar para pensar em como você utiliza o que guarda dentro dos potinhos e nos armários?
Existe uma variedade de receitas que podem ser feitas com o “resto dos alimentos” que, normalmente, iriam para o lixo. Por exemplo, ao fazer uma salada de brócolis, você pode reutilizar os talos para fazer uma farofa deliciosa.
Ingredientes
Modo de preparo
Retire os buquês das flores dos brócolis, que devem ficar do tamanho ideal para serem levados a boca sem cortar.
Reserve os talos para a farofa.
Misture todos os ingredientes para fazer o molho, verta sobre os brócolis e sirva.
(Cantinho vegetariano)
Ingredientes
Modo de preparo
Refogue a cebola e o alho no azeite. Deixe dourar. Em seguida, acrescente os talos e as folhas de brócolis e deixe dourar por 2 minutos (o brócolis deve estar bem picado). Adicione a água e deixe cozinhar até que os talos amoleçam. Junte os temperos. Feito isso, desligue o fogo e acrescente a farofa pronta. Misture e sirva.
Essas dicas servem para qualquer pessoa que cozinha, seja no final de semana ou no dia a dia.
- Toda vez que for comprar carne, peça para o seu açougueiro de confiança desossar a carne (bovina, frango). Guarde os ossos com a carcaça para fazer um caldo base para alguma receita.
- Separe as flores dos brócolis e reserve os talos e folhas para a farofa.
- Lave bem o abacaxi e reserve as cascas para fazer geleia.
- Lave bem as laranjas depois de extrair o suco e reserve as cascas para fazer zestes (palitos finos de casca confeitada) com a parte colorida. Reserve a polpa branca para fazer pectina (um espessante natural que pode ser usado para fazer geleias).
- Ao usar a parte branca do alho-poró, reserve as folhas verdes para outras receitas, como a farofa.
- Lembre-se de colocar no prato apenas o que irá consumir. Por questão de higiene, as sobras do prato não podem ser aproveitadas.
- Nunca abandone a sobra da comida na panela. Guarde-a em sacos de congelamento. Se o produto para congelar for líquido, use dois sacos e congele imediatamente, retirando o máximo de ar para que o produto possa ser reaproveitado.
- Alimentos em caldas com alto teor de açúcar ou em meio ácido se conservam bem na geladeira, mas sem congelamento.
- Se for utilizar vinhos, espumantes ou refrigerantes, não jogue fora os restos, pois servem como excelentes molhos.
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